quarta-feira, 18 de outubro de 2006
I survived!
Para quem tem medo de relâmpagos e trovões, fazer uma viagem de 30 ou de 300 quilómetros é a mesma coisa. Depois de um jogo ao qual, confesso, dei pouca atenção a partir do segundo golo, porque a conversa com a Martinho sobre as 1001 maneiras de gastar o dinheiro que vou receber da Impala em roupa, roupa, roupa, botas, roupa e um leitor de MP3 estava muito mais interessante (com uma tentativa frustada de incluir a discussão da física quântica pelo meio), enquanto os rapazes, de trombas e a roer as unhas, assistiam, com aquele ar de "não estou pa conversas", fiz aquela que me pareceu, a mais longa viagem de sempre, muito pior do que as 9 horas de avião para São Paulo. Chuva torrencial, relâmpagos e trovoada fizeram questão de me acompanhar no regresso a casa. Desde criança que tenho pavor destes fenómenos da natureza, mas quando estamos no conforto do lar, a malta aguenta. Agora, andar na rua naquelas condições leva-me a ter ataques de pânico, tal como aconteceu ontem. O Antony tocava, mas não me acalmou. Experimentei Kings. Também não. Ao longe, e à medida que seguia na A8, os flashes no céu. Fechava os olhos com força, o que não é aconselhável quando se vai a conduzir, ainda para mais de noite e com chuva. Pensei: "vou telefonar ao meu irmão, assim, a falar, vou distraída". Não tinha bateria no telemóvel. Por mais que tentasse andar devagar, o meu pé automaticamente carregava com mais força no acelerador. Estava a ficar mesmo desesperada. Depois das portagens, parei na berma, para me acalmar. Nada deu resultado. Segui caminho, sempre a levar com os clarões em cima de mim. Quando cheguei a casa, fiz como os miúdos, enfiei-me debaixo dos lençóis e encolhi-me, com a cabeça tapada. Antes do até amanhã, um aviso. "Não há comentários sobre o jogo!"
3 comentários:
Qual jogo...?
Sou do Celtic... desde pequenino! ;-)
Sim, aquele equipamento mais parecia o do Sporting.
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