quinta-feira, 31 de julho de 2008

Discovering Tapada de Mafra (com muito pó à mistura) - Um post com a colaboração de David Attenborough

Férias... Sol... Calor... Muita praia algarvia, muitos banhos de mar bem salgado (as pessoas acham estranho eu dizer que algumas praias têm o mar mais salgado que outras). A verdade é que me canso depressa das férias que toda a gente deseja. Ir à praia e ficar tão morena quanto nos for possível, cansa-me. Por isso, no regresso a casa e ainda de férias, decidi descansar e dar umas voltas caseiras. Rumo à Tapada de Mafra, a 10 km de casa mas tão longe da minha disponibilidade. Até ontem. Comboio com duas turmas de escola nas carruagens da frente, e eu cá atrás que é para não levar com aqueles gritos infantis. E como a maioria eram crianças, a tour foi feita a pensar nas crianças. Estão a ver? A guia falava muito devagar e com termos básicos (acho que escolares é melhor) para as crianças perceberem. "E agora, do lado esquerdo do comboio temos um grupo de gamos. Não, não são veados. São gaaaaaaaamoooooss! E ali no meio o que são? Isso, javalis liiiiiiiiisssstados. Listados para se poderem esconder no meio da vgetação". Boa, duas horas disto, pensei. Acabou por não ser muito mau. Pior eram o pó e os solavancos do comboio. Posso dizer que vi gamos, veados, javalis, sacarrabos e genetas. O lobo estava de luto. A companheira havia morrido em Março e os lobos, como animais fiéisque são, fazem lutos muito prolongados (I'm always learning... amazing). E as águias estavam escondidas.
Para lá da confusão escolar, uma menina, acompanhada pela tia, bem esperta e atenta, passou a viagem toda a perguntar, sempre que via um animal sozinho, "onde está a mãe dele?" Posso dizer-vos que vimos muitos animais sozinhos... Estão a imaginar quantas vezes a miúda fez aquela pergunta? É. E a mim perguntaram-me se eu também era assim. Não, achas? Eu era daquelas que perguntava incessantemente "porquê?"

É tão bom estar de férias, não era?

Ah! Já me esquecia. Êta, Caetano, cê manda bem. Grande concerto! Para compensar, claro.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Era uma vez...

... Quatro rapazes de Manchester, aliás, de Salford, o que faz toda a diferença, que se acharam capazes de fazer melhor que os Sex Pistols, capazes de dar uma luz ao fundo do túnel a uma cidade escura, desfeita, suja, sem futuro, onde nada mais havia que fábricas e blocos de cimentos.
Ian Curtis, o vocalista, o génio, o espírito, o iluminado. O rapaz que só queria ser perfeito, que se transformava em palco, com uma dança frenética. "Parecia uma marioneta, como se aquilo fosse a expressão da sua fragilidade", disseram. Pensavam que estava drogado. Não. Era apenas a música a tomar-lhe conta do corpo e a levá-lo para outro mundo.
O rapaz que nos tempos livres lia livros sobre o sofrimento humano.
As primeiras fotos profissionais de Ian (e da banda) mostram um ar angelical e uns olhos translúcidos que deixam ver a mente brilhante do génio. Fez-se luz. Ele é o meu Euchrid Eucrow...
Joy Division, nome retirado do livro "House of Dolls, podia ter sido "A" banda dos anos 80. Não fosse a doença de Ian e a incessante busca da perfeição, que o levou a uma espiral de destruição interior por não conseguir (ou achar não conseguir), prosseguir com os Joy Division.
A segunda tentativa de suicídio teve sucesso. Os restantes três elementos da banda não lhe perdoaram. E formaram os New Order.

Para recordar, a genialidade de "Love Will Tear Us Apart" e o primeiro hit, "Dead Souls".

Tenho pena.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Tesourinho nada deprimente - Regresso aos 80's

Faço parte da colheita de 80, aquela que ainda não chegou aos 30 mas que já sofre alguns dos sintomas, bons e maus. Fica para um próximo post.
Mais nova de três, bebia as músicas e os ensinamentos das irmãs mais velhas como qualquer miúda que gosta de aprender. Foi assim que aos 5 anos, já dialogava em inglês e cantava várias músicas na mesma língua. Tinhamos um leitor/gravador de cassetes tipo tijolo, que colocávamos no quarto no volume máximo. E assim passávamos as tardes, a ouvir, cantar e dançar. E eu, como mais novinha, imitava as mais velhas. Por esta altura, devem estar a pensar: "e também cantavam a canção das três irmanzinhas?" Sim, cantávamos.
Isto tudo para falar da música e dos grupos que se ouviam nos anos 80. Lá em casa, ouvia-se muito Duran Duran, Eurythmics, Dire Straits, Bruce Springsteen, Depeche Mode, U2, Spandau Ballet, Wham, UB40, Boy George/Culture Club, Madonna, Erasure, Fine Young Cannibals, Billy Idol, Elton John, Simple Minds, Pink Floyd, The Cure,The Police,The Smiths, David Bowie, entre outros (o meu obrigada à minha mana mais velha pela ajuda na elaboração desta lista). Sim, na altura eu ouvia muita tralha. Muita mesma. Mas a idade traz consigo a capacidade de filtrar e de absorver coisas bem melhores. É outra das vantagens da caminhada para os 30...
Lembro-me, como se fosse hoje, do Top +, que dava na altura. Era, para as manas, um programinha familiar. E eu, como mais nova, ficava extasiada por fazer parte dele. Isto marcou-me, é o que vos digo. Ainda hoje me recordo do medo que sentia sempre que passava o hit do momento. Wild Boys, dos Duran Duran. Para uma miúda de 6/7 anos, era um verdadeiro filme de terror.
Hoje, considero um dos melhores vídeos de sempre da década.

E continuo a sentir um arrepiozinho...

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Pérolas de uma agência de modelos - Parte II

Ah pois é! A saga continua neste post e noutros que hão-de vir. Deliciem-se!

À pergunta: "Quais os motivos que o/a levam a inscrever-se numa agência de modelos?", estas foram algumas das respostas, ipsis verbis...

" Gosto de ser avaliado por quem tem conhecimentos"

"Representar! Porque gosto de ser várias e diferentes pessoas ao mesmo tempo"

"Fascinação para subir na vida"

"Gosto pelo trabalho. Gosto deste trabalho. Gostaria de fazer este trabalho"

"Sempre gostei do mundo da moda e desde pequena que sempre gostei do mundo da moda"

"Gosto de conhecer pessoas novas e aprecio o seu trabalho"

"Conhecer mundos novos"

"Porque é um meio que eu gosto e é lá que me sinto bem"

"Poder trabalhar numa área que me desperte e ao mesmo tempo conciliar com os estudos e lifestyle"

"Gostaria de receber algum dinheiro e aparecer na televisão"

"O gosto de ser conhecido"

"As razões que me traz aqui é gostar"

"Não tenho medo de pisar um palco como já alguns virão na experiência família superstar"

"Adoro televisão, adoro tirar fotos e vaidade"

"Comédia"

"A minha inscrição deve-se ao facto de gostar de interacção com o público. O tipo de trabalho que gostaria de fazer era modelo, fotográfico e modeling"

"Problemas financeiros"

"Desde os 11 anos que a minha vida passa pelos trabalhos desta área. Trabalhei muito o meu corpo para chegar onde estou. E aqui estou, quero ser modelo"

"Quero abraçar esta área com unhas e dentes"

"É o sonho que tenho todas as noites"