sexta-feira, 27 de abril de 2007

L'Enfant Terrible!

Não sei se vos acontece o mesmo, mas nos meus almoços, lanches e jantares de família, o tema principal de conversa acaba sempre por ser o mesmo: a nossa infância. Então quando está a família toda, mãe, filhas, netos, maridos e namorados, cruzam-se episódios e comparam-se as histórias. Estórias, portanto. A mãe é quem, quase sempre, dá o mote. "Aquela", referindo-se à mais velha, era a líder, e esta (referindo-se à do meio) fazia tudo o que ela dizia e andava sempre atrás dela. Depois veio a outra (eu) e faziam dela uma boneca. Acordavam-na, faziam dela a filha quando brincavam às casinhas". A mais velha acrescenta mais alguns pormenores. Claro que passamos a maior parte do tempo a rir, e isto, para os meus sobrinhos, é ouro sobre azul, ouvir falar da mãe e das tias quando eram pequeninas. "A do meio era a mais calminha. Assim que se levantava, abria a porta da cozinha e perguntava: Vó, há xôpa? A Lena já não brincava tanto e então, arrumava os brinquedos todos, nas prateleiras, direitinhos e não deixava a mais nova (eu) mexer. Nem a deixava brincar com elas, dizia que ela era uma pirralha e que não sabia brincar. Bem, dava-lhe (a mim) a 'veneta', ia ao quarto e atirava os brinquedos todos ao chão, pisava-os. Depois a mais velha batia-lhe, ela vinha chorar para o pé de mim e dizia que as mais velhas não a deixavam brincar. Depois começou na fase de arrancar os cabelos quando ficava irritada (continuamos a falar de mim), e um dia ouviu-me, escapou-se-me, a dizer 'puta' e começou nisso. Quando se chateava, arrancava os cabelos e gritava para mim a chamar-me puta." Devia ter uns 3/4 anos. Grande lição para os adultos: nunca dizer asneiras ao pé de crianças na fase do papagaio, em que repetem tudo o que ouvem.
Claro que estas coisas depois têm as suas repercussões anos mais tarde. Eu e a mana mais velha somos como cão e gato, apesar de termos o mesmo feitio. O dela muito, mas muito pior do que o meu. A do meio continua a ser a mais meiguinha, apesar de ter os seus 'vaipes'. Fazia sempre o que lhe pedia, dáva-me tudo, e eu, claro, de vez em quando, tratava-a mal. Agora já não, mas ela continua a ser meiguinha, trata-me como a mana mais nova. E isso, sabe bem.
Eu, opinião geral da audiência familiar, continuo a ser a enfant terrible.


Há coisas que nunca mudam!

terça-feira, 24 de abril de 2007

De volta às botifarras!!!

Assumo, como ainda não o tinha feito, que também eu tenho uma cena com os pés. Seja homem ou mulher, se me aparece à frente com os pés à mostra, é para eles que desvio o olhar imediatamente. Nestes últimos dias de calor, era vê-los por aí à doida, livres e leves sem as botas de Inverno (eu mantive-me fiel às botas, é que, apesar do calor, sou um bocado friorenta nos pés e sandalinha, só mesmo no Verão). Elas, as gajas, também andavam doidas, numa corrida desenfreada às lojas para comprar os últimos modelos, que as do ano passado já cheiram a mofo e se é para mostrar os pezunhos que andaram durante seis meses apertados e fechadinhos, então, que seja com um modelito novo. Douradas, de preferência, que estão aí a bombar.
Bom, o problema surge quando se tem esta mania de olhar para os pés das pessoas, ao ponto de, por vezes, nem conseguir tirar os olhos do chão. E então, vêem-se coisas arrepiantes, agoniantes, e que em alguns casos, até fazem comichão!! Não vou aqui descrever o que são pés bonitos e o que são pés feios, isso fica ao critério de cada, que eu cá, tenho o meu. Mas se é para andar com os pés ao léu, então que se faça um pequenito esforço de cortar as unhas, limpá-las, tirar aquele sebum negro que aparece por baixo das unhas quando não são limpas, pôr um creminho nos pés só para estes não ficarem com aquele aspecto de lixa e, no caso de se ter as unhacas amarelas, grossas e cheias de risquinhas, passar um verniz também não é má ideia. É que ver certas e determinadas coisas logo de manhã, causa uma certa indisposição...

Vá, agora que vem aí a chuvinha, toca a esconder os pezinhos outra vez!!

terça-feira, 17 de abril de 2007

As maravilhosas invenções deste admirável mundo

- Boa tarde. O que vai pedir?
- Quero uma água com gás. Castelo ou Vimeiro, por favor.
- Natural?
- Não, com gás.
- Sim, mas sem sabores.
- Sabores??
- Sim, quer experimentar, por exemplo, a Frize Limão?
- Hmmm... E isso é bom?
- Experimente.
(...)
- Peço desculpa, mas já não temos Frize Limão. Pode ser a Limão-Cola? Ou Morango-Framboesa, ou ainda Pêssego? Ou só Morango...?
- Acho que prefiro mesmo sem sabores...
- Não, mas experimente. De certeza que vai gostar. É como se fosse um sumo mas sem açúcar e mais leve.
- Não me parece... Não quero mesmo. Prefiro a água com gás simples!!
- Pois, mas não temos.
- Não...? E sem gás...?
- Só um momento...
(...)
- Lamento, mas também não temos. Sabe, as novas águas vendem-se muito melhor...
- E por isso acabam com as outras?
- Olhe, recomendo também a Vitalis de Maçã e Chá Branco, que até lhe faz bem ao organismo, é boa para purificar. Já viu?
(Silêncio, inspiração profunda, expiração...)
- Acho que afinal vou querer uma Super-Bock, normal, por favor...
- Não temos... (e treme). Mas temos a nova Super-Bock Pêssego...

Vai ser MUNTA BOUM!!!!!!!!!!!!


segunda-feira, 16 de abril de 2007

Tss, Tss!!

Já o disse uma vez, mas repito, que não se usa cueca / tanga preta com calças brancas. Numa mulher dá um certo ar de desleixo e, acho, de vulgaridade... Agora, num homem, é um bocado estranho, a nossa mente perversa leva-nos a pensar automaticamente que é gay. Afinal, de calça branca e tanga preta só pode. Mas se tivermos em conta que este homem é o nosso professor de Step, então, está tudo explicado.

É gay, na mesma!!

sexta-feira, 13 de abril de 2007

And then...


... it rained

like that first November day.

It washed away all the signs you left untouched upon my body.

And then I died.

And I never became a butterfly.

quinta-feira, 12 de abril de 2007

A nova oportunidade de Sócrates!

Estão espalhados por toda a cidade de Lisboa e arredores e a nova versão recorre à velha (mas sempre eficaz e rentável) estratégia das figuras públicas. Os outdoors e pubs Novas Oportunidades mostram um Carlos Queiroz de impermeável e luvas na mão e um cortador de relva como instrumento de trabalho. Chamada de atenção: "Este é o Carlos Queiroz que não acabou os estudos". O timing da campanha não podia ser o mais apropriado, ou não estivesse em causa e em debate público a licenciatura de José Sócrates, para mim, um assunto de vital importância para o meu dia-a-dia e que me tem ocupado os serões lá em casa com fervorosos debates. Afinal, ele é ou não é engenheiro? É que isto de termos um Primeiro Ministro sem canudo, quer dizer, não pode ser, não é? Fala-se que Portugal ainda tem uma taxa de analfabetização elevada, que a maioria dos portugueses (e dos funcionários públicos) não tem a escolaridade mínima, quanto muito, a 4.ª classe, ou 1.º ciclo, como lhe chamam agora, e depois, vem a público que o nosso PM é tão engenheiro como o Guterres é bom a fazer contas de cabeça! Mas se todos merecem uma segunda oportunidade, então, vamos dá-la também ao Sócrates. Ele também vai fazer campanha pela iniciativa Novas Oportunidades e vai ser fotografado com um capacete, um tijolo numa mão e uma colher com cimento na outra e atrás dele, vai ver-se o novo empreendimento turístico de Tróia. O slogan: "Este é o José Sócrates que acabou os estudos. O que não acabou, é agora Primeiro-Ministro. Por isso, se queres seguir carreira política e ocupar um cargo de chefia, caga na licenciatura."

terça-feira, 3 de abril de 2007

Ainda dizem mal dos espanhóis!

Lili e Andrea saem tarde do trabalho e preparam-se para apanhar o metro, quando a Lili se lembra que ainda não comprou o passe. A bilheteira já estava fechada e toca a comprar nas máquinas. Ainda estamos a colocar as moedas quando passa um casal de espanhóis, estende-nos dois cartões de 10 viagens e diz:
- Podem ficar com estes cartões que ainda têm 3 viagens cada um. Nós vamo-nos embora amanhã. Fiquem com eles.
- Hã?