quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

O Katrina passou por Mafra

Numa escala menor, é certo, mas suficiente para me deixar o terraço num caco e o meu cão acagaçado, o que lhe valeu uma estadia na almofada de estimação durante toda a noite e o dia de hoje, também...

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Porque hoje é segunda-feira...

... estou de greve.
Greve de ideias.
Greve de fome.
Greve de alma.
Greve de emoções.
Greve de sorrisos.
Greve de sexo.
Greve de amor.
Greve de café.
Greve de música.
Greve de socialmente correcto.
Greve de paciência.
Greve de boa educação.
Greve de internet.
Greve de amizade.
Greve de informação.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

"É só isso... Não tem mais jeito... Acabou... Boa sorte!!!!"

É isto!!!

Adoro...

Quando os que têm a mania das suas certezas, passado um tempo, dizem-me assim: "Afinal, tinhas razão".

Em casa de ferreiro...

Ah e tal, agora a trabalhares numa agência de modelos, deves andar aí toda em forma, magra e com tudo no lugar. Ossos do ofício, não é?. Isto é a mais pura... Mentira!!!
Eu bem tento resistir e ir ao ginásio fazer 500 abdominais e correr meia-hora para não ficar flácida. Tarefa impossível. Tenho uma bruxa má a trabalhar comigo (porém, muito fofinha), que TODOS (quase todos, vá lá) os dias insiste em passar na pastelaria e trazer-me uns pecados de bolos (miminhos, diz ela).
Lili, assim, não dá!!!!

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

E eis que...

... a meio de um jantar de aniversário, que juntou amigos de infância (a malta lá do bairro), descobri, por entre recordações daqueles tempos, a razão pela qual a frequência e consequente satisfação sexual entre os casais, diminui quando se juntam/casam.
A conversa começou mais ou menos desta forma: "naquele tempo, quando íamos para o monte..." A partir daqui, seguiu-se uma série de lembranças que me fez chegar a uma conclusão, exposta lá mais adiante.
Não conheço ninguém que no auge dos seus 15/16 anos (no mínimo), não fosse lá para o monte da cidade, que por acaso, tinha uma vista do caraças: ponte 25 de Abril, Cristo Rei, aeroporto... Um luxo!! Chegávamos devagar, com os faróis apagados como sinal de respeito pela privacidade dos que lá estavam. Até tinhamos lugares cativos. O meu é o actual Lote 88. Não me lembro de me ter acontecido um episódio digno de memória, para além das maratonas óbvias, tendo em conta que, no meu tempo, eu tinha que chegar a casa à meia-noite... E quando o horário se prolongava, era a festa no monte. Sei de alguém que experimentou a bagageira de um carro comercial e colocou a toalhinha entre a porta para esta não fechar. Findo o acto, puxa da toalha para a devida higienização e ups, f...-se, a porta fechou-se. A chave, as roupas, estavam na parte da frente do carro. Solução: partir o vidro, o que lhe valeu um prejuízo ao nível de uma noite num hotel de 4 estrelas.
Além do monte, havia alguns que recorriam aos descontos do cartão jovem nos hotéis de 3 estrelas e algumas pensões... da Costa da Caparica. Passeio de domingo com o namorado, directos à Costa, uma passagem pela praia, pela rua dos Pescadores e pimba, uma entrada rápida no hotel/pensão, com aquele ar de caso, de cabeça baixa, a pedir um quarto duplo... só para descansar, porque viemos de longe. Era até à noite, o apetite (de comida) só aparecia a caminho de casa. Pergunta a mãe: "Então onde foste?", responde a filha: "Fui comer um gelado à Costa", nova pergunta da mãe: "À Costa? Com esta chuva...? Vens com o cabelo molhado...", responde a filha na distância confortável do wc: "Então, apanhei chuva quando saí da geladaria."
E a malta era feliz... sexualmente. Ou pelo menos, pensava que era.
A mesma coisa quando íamos às matinés no cinema, ver os filme do Van Damme e do Steven Siegel, que ninguém via... Era aproveitar o desconto do cartão jovem, o escurinho da sala e cada casal ia para um canto da fila...
Nesse tempo, ninguém se preocupava em ser apanhado, se alguém estava a ver... Era no banco do jardim, rodeado de putos e velhotes, era nas escadas de um prédio qualquer, era numa esquina mais escondida... Era onde nos apetecesse.
Hoje, isso mudou. Bem podemos experimentar as divisões da casa, a mesa da sala, o lavatório da casa-de-banho, o terraço, a cama de rede, a garagem... Ou até, ir a um motel no aniversário de casamento. Mas nada, NADA, se compara à espontaneidade daquela idade. E foi isso que se perdeu e que se perde com a idade.

Belos tempos, aqueles...

Merda!

Deram um concerto acústico à 1h30 da madrugada no Casino de Lisboa, eu fiz um daqueles esforços para manter os olhos abertos. Até que eles entraram. Tocaram quase todas em versão acústica, o que, na minha opinião, se torna menos interessante para algumas músicas. Mas não tocaram esta... Merda... Imperdoável!!!!

Como gastar 10 milhões de euros em 3 dias

Se há coisas que este Governo nos tem ensinado é como gastar dinheiro. Mal ou bem, ele ensina-nos a gastá-lo. A Cimeira UE/África foi mais um destes exemplos.
1 - Organiza-se um encontro de amigos europeus e convidam-se todos os países africanos, porque fica sempre bem o convidado ser mais desfavorecido que o anfitrião;
2 - Paga-se-lhes os hotéis de 5 estrelas e satisfaz-se-lhes todas as mordomias e manias;
3 - Transforma-se o já caótico trânsito de Lisboa numa confusão ainda maior;
4 - Reúnem-se todos na FIL para falar sobre... NADA!!!

E assim se gastam uns milhões, mais aqueles que ficaram para recompensar o PM britânico que fez birra... Acho que não gostou do hotel em que o queriam colocar...

O prémio para a melhor cobertura jornalística do evento vai, sem dúvida, para a SIC, que soube, como mais nenhuma outra estação, aproveitar a única coisa que havia para aproveitar dali: as ridicularidades da Cimeira. O estilo de roupa dos convidados, a luta de protagonismo entre Mugabe e Kadafi (este a ganhar, sem sombra de dúvida, pelo estilo), Angela Merkel a dormir, os hábitos alimentares de cada um (nota para a desconfiança de Kadafi, que virou vezes sem conta uma chamuça...), e mais outras coisas ridículas, como foi, aliás, toda a Cimeira... Ridícula.
Ah e tal, mas o Clube Europa deu um puxão de orelhas àqueles bárbaros africanos sobre os direitos humanos. Então não deu? Eu desconfio até que, depois desta cimeira, o próximo Nobel da Paz será atribuído à União Africana.
E também mostraram umas imagens do Darfur, para impressionar... então, Espalha, não sejas assim...

Vão-se...!!!!

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

As asneiras que um gajo faz quando chega aos 40

Brad Pitt anunciou que não fará mais nus nos filmes, para não envergonhar os filhos...
Meu querido Brad, amigo, tirando 2 ou 3 filmes em que não apareceste como vieste ao mundo, todos os outros, eu só os vi porque tu aparecias de rabinho à mostra. Por favor, deixa-te lá dessas merdas, tá bem?

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Eu me confesso

Assumo, sem qualquer problema, vergonha ou pudor que gosto dele, desde os Silence 4. Como cantor e como pessoa. Não fiquem chocados. Gosto e pronto. Já tive grandes discussões (leia-se, grandes trocas de ideias) sobre gostos musicais que, a meu ver, se discutem, sim senhor. Mas isso fica para outros posts.
Tive oportunidade de o entrevistar para uma coluna destinada apenas a 1000/1500 caracteres. A conversa durou quase 2 horas e fugiu muito ao guião de perguntas que tinha preparado. Dei por mim a falar de músicas e grupos que ambos gostávamos. Enfim...
Neste último álbum, "Dreams in Colour", fez um excelente trabalho, com traços de genialidade e originalidade. Gosto disto e disto.

Agora sim, a maravilhosa viagem a Pipa, passadas quase duas semanas e o bronze, esse, está quase a ir...

Demorou mas cá está. Afinal, isto de se escrever sobre viagens, principalmente, as que se fazem a nível pessoal, é mais difícil do que parece. "Vou ter imensa coisa para escrever, para contar", pensei. E é verdade! Mas também é que há coisas difíceis de explicar por palavras. Pipa é uma vila simples e tudo o que vi baseou-se nessa simplicidade. Talvez por isso, seja complicado escrever sobre a viagem, que começou pela simplicidade e rodeou-se sempre daquele espírito "boa onda" típico, agora sei, dos brasileiros do Nordeste. E contagiante... Aquelas pessoas não sabem o que é stress, não sabem o que é andar depressa para não chegar atrasado. É tudo na boa. A verdade é que passei uma semana "sempre na boa", no "relax", no "tou nem aí"...
Nem sei por onde começar... talvez pelas frases brejeiras e simpaticamente graxistas do guia, Tiago, "cês são um grupo show dji bóla", "eta, gentje arretada". E, claro, a piada sem piada, "Natal é a única cidade do mundo onde se pode desejar Feliz Natal todo o ano".
Podia também começar pelo percurso Natal-Pipa, já de noite (19h), em estradas estreitas, sem qualquer iluminação a não ser a das televisões das casas, algumas ainda em tijolo, sempre de porta aberta, mas todas, sem excepção, com uma TV, um sofá e uma parabólica gigante no telhado. À beira da estrada, grupos de homens jogavam às cartas e bebiam Skoll, iluminados por uma puxada ilegal de um poste de electricidade.
Ou então, podia começar pela osga que me recebeu na recepção do hotel, queitinha no candeeiro laranja. Alguém comentou: "estamos no meio da natureza, calangos (lagartos) não vão faltar". E não errou. Não se passou um dia sem ver uma espécie rastejante, na mesma proporção que via os golfinhos à minha beira, no mar, à distância de dois, três metros. Confesso que este foi, para mim, o ex-libris desta viagem. Ter por ali os golfinhos a nadar... Sei lá, nem sei explicar a sensação. Eu, que já nadei com eles em alto mar, em Cuba, sentia uma alegria infantil inexplicável a olhar para aquilo. E todos os dias, eles andavam apenas naquela praia. Mais do que o hotel, o chalé em madeira, os jardins, aquilo sim, era um verdadeiro luxo.
Conheci pessoas simpáticas, humildes, sem vícios de dar graxa ao turista tuga. Pobres de bens materiais mas ricos de espírito. Como o Xico da Rede, que calcorreava as praias debaixo daquele braseiro, com várias camas de rede e colchas, sempre bem disposto que, com sotaque sertanejo, apregoava: "Tá dormindo no chão? Xico da Rede é a solução". Inchava e sorria de orelha a orelha (deixava ver que mascava erva o dia inteiro) quando falava de um jornalista holandês que o conheceu e que fez duas páginas sobre ele. Mostrava-as plastificadas, como um tesourinho nada deprimente.
Afirmo sem dúvidas que esta viagem foi a minha terapia, mas não a cura. Infelizmente. E agora percebo o que me diziam sobre algumas zonas do Brasil (realço o "algumas"): há ali qualquer coisa que te cativa imediatamente, que te vicia e que te deixa profundamente infeliz por partires.






Parece exagerado? Não é.

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Ainda antes de Pipa

Alguém ouviu bem o relato do jogo de ontem ManchesterxSCP? Não... Bom, assim do meio do nada, um dos comentadores saiu-se com esta tirada brilhante, depois de uma falta: "ah, foi só uma faltinha..." Eh pá, faltinha? Daqui a uns tempos, os comentadores falam em "palmadinhas", "jogadores fofinhos", "amiguinhos" e mais coisas terminadas em "inhos" e "inhas".

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Carta a São Pedro

Meu querido,

Como sabes (se não sabes, deverias saber, afinal, Vocês aí em cima deveriam saber de tudo o que se passa cá em baixo), estou de partida para umas mini-férias no Brasil. É uma escapadela a este stress do trabalho, aos transportes públicos cheios de gente que cheira mal e o contrário, aquela que abusa dos perfumes, uma fuga à rotina do dia-a-dia, à falta de imaginação sexual porque o trabalho suga-nos toda e qualquer réstia de de capacidade (e vontade) de inovação (ouvi dizer que os ares do Brasil são demoníacos, se é que me permites utilizar este termo). E, motivo principal, para curtir o sol enquanto os tugas cá ficam a gramar o frio e a chuva típicos da época. Mas a bem dizer, o tempo não está assim tão mau, talvez um arrepiozinho pela manhã e à noitinha, mas nada de especial. Nada de malhas grossas, de galochas, de collants, de sobretudos, chapéus de chuva, gorros, luvas, enfim, nada do nomal para os dias de Novembro.
Por isso, meu querido São Pedro, faz-me um favor. Vê lá se mandas uma chuvinha e um friozinho de rachar. É que chegar cá depois de umas férias no Brasil, com sol, mar quente, caipirinhas e paçoquinhas, morena como os outros chungas todos que cá ficaram e que aproveitaram os fins-de-semana na praia, não pode ser.
Faz-me este jeitinho. Mas olha, é só durante uma semana, porque depois regresso e quero manter o bronze, tás a ver? Dou-te um balde de paçoquinha em troca.

Cumprimentos aí em cima.

terça-feira, 30 de outubro de 2007

Isto sim, é serviço público

Às vezes, surpreendo-me com a facilidade em obter certas informações. Há algum tempo que o ouvia na Radar e nunca chegava perceber quem era. Hoje, liguei para a rádio e foi tão fácil: "Boa tarde, eu queria saber o nome do músico que passou há cerca de 2 minutos, antes desta canção".

Cá está.

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Emergência telefónica

Telefono para o 112
- Boa tarde, queria saber o número de telefone de uma loja no Porto.
- Desculpe...
- Quero saber o número de telefone da loja XPTO, no Porto, não sei a morada.
- Ligou para o número errado. Este é para as emergências médicas...
- Ah... Mas isto também é uma emergência, mas não é médica...

Mais do mesmo

Estou farta de blogues.
É só isso...

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Éfe-érre-á

Belos tempos aqueles em que a minha vida se resumia a estudar, naquela fase em que não levamos falta se nos baldarmos e nos contentamos com um 12, o equivalente a um 16 no secundário. Hoje, regressei à minha faculdade, porque descobri que tinha o papel para levantar o diploma. E ser licenciada sem emoldurar o diploma no escritório, não é a mesma coisa. Volvidos 5 anos, bora lá levantar aquela relíquia que me custou 100 euros na altura. Apesar de ter passado o último ano nas novas instalações, tudo aquilo me pareceu um admirável mundo novo. E eu parecia uma caloira. Os putos (sim, muitos deles têm menos 9 anos que eu) olhavam-me como uma perfeita estranha, que sou, caída ali de páraquedas. Muitas mudanças: aquilo agora parece-se mesmo com uma faculdade a cheirar a novo, ainda que já tenham passado 6 anos. Mas sem mística, sem o romantismo do Palácio de Burnay, na Junqueira, sem o cheiro das árvores que às sextas-feiras de manhã se misturava com o cheiro a grego, sem aqueles corredores frios de pedra, sem o pátio, sem as escadarias, sem o Chico, o cão racista com olhos de humano, sem a roupa estendida dos porteiros, sem a cúpula que visitei uma única vez. Fria, impessoal. Estes putos nunca vão ter o mesmo espírito que o palácio nos incutia, só de lá entrarmos.
O mesmo funcionário da secretaria, com o mesmo penteado, o mesmo anel de ouro no dedo mindinho, indica-me onde posso levantar o diploma, não sem antes soltar um "Eh pá, este diploma já cheira a mofo." Confesso que me senti feliz com o diploma na mão. Não sei explicar bem porquê. Não cheirava a mofo. Saio do ISCSP debaixo do olhar daqueles putos que para mim, nunca serão verdadeiros iscspianos, por mais anos que lá andem.

Empurra dali pr'acolá

O simples acto de marcar uma consulta pode tornar-se uma dor de cabeça, o que, para o meu caso, se torna ainda mais gravoso, tendo em conta o estado de "enxaquecomania" em que me encontro.
Debaixo de um braseiro típico de finais de Outubro, qual Outono, arranco para o Hospital da Cruz Vermelha para marcar a dita cuja. Logo para começar, a caça de um lugar deixa-me cansada, até que, qual passeio demasiado alto para o meu boguinhas, lá encontro um sítio à maneira para estacionar. Longe do dito cujo. A caminhada em tacão alto com este calor não ajuda... Chegada ao balcão de informações, tento marcar a dita cuja, com a devida credencial assinada pelo médico e uma carta a explicar o sucedido. "Ah, mas isto não serve para marcar a consulta. Tem de ser este papel (e saca do dito cujo), de recomendação deste hospital assinado pelo médico." "Mas qual papel?" "Este papel". "Então mas estes dois papéis que trago não chegam porquê?" "Porque falta este papel". "Não consigo mesmo marcar, é isso?" "Não".
(Raios e coriscos!!!!!!!!!!!!)
2.ª parte: centro de saúde do médico que passou a credencial e que, afinal, não chega. A sala de espera está vazia mas elas gostam de fingir que estão cheias de trabalho e deixam-nos à espera durante, pelo menos, 10 minutos. Quando lhe apresento o tal papel, a senhora diz-me que tem mesmo de ser o médico a assinar e que não pode ficar com o papel, nem tão pouco ser o centro de saúde a marcar a consulta. "Passe cá amanhã de manhã para o médico assinar o papel." Então não? Eu até nem tenho mais nada que fazer do que andar a fazer rally centros de saúde/hospitais! Merda mais o cabrão do sistema de saúde público!!!!!!!!!!!

sábado, 13 de outubro de 2007

Amazing!!!!

http://www.inrainbows.com/

1.º Discbox or Download
2.º Download: order
3.º View basket
4.º Price: it's up to you (deixa-me cá ver como é que está a libra... ok, £0,69 = € 1, é mesmo isto... fogo, tão pouco? Até parece mal... Olha, deixa...)
5.º Pay now
6.º Register
7.º Payment details
8.º Ok
9.º Begin download
10.º Done
11.º Begin to listen...

terça-feira, 9 de outubro de 2007

A vida em stand-by

Esta é uma das poucas certezas que tenho neste momento. A minha vida está em stand-by. E é uma verdade assustadora, que vai das pequenas coisas como continuar com a lâmpada do candeeiro de mesa fundida, quando bastava chegar lá e trocá-la, às grandes, como, por exemplo, não saber o que ando aqui a fazer. Acredito que existam por aí mais umas quantas pessoas como eu. Que não sabem o que querem, não se contentam com o que têm, que têm inúmeras coisas inacabadas. Tão simples quanto isto. No outro dia, passei por uma loja e decidi comprar várias telas, de tamanhos diferentes, porque cogitei uma nova técnica de colagem com sobreposição de fotos e cores pelo meio. Comprei até uns pincéis novos, daqueles que não largam os pêlos no meio da tela, tipo efeito vanguardista mas que não é suposto lá estar. Ainda lá estão no armário. As telas e os pincéis. E o postal que ficou de fora daquele quadro (um que eu demorei um ano a montar), também lá está. Aquela roupa que tenho separada para dar. E a que tenho para dar uma segunda vista de olhos, experimentar, saber se a dou ou se a guardo para quando perder estes quilos. Está lá tudo. Em stand-by.
Os currículos, as moradas das possíveis escapatórias a esta rotina laboral... guardados dentro da pasta.
As fotos para revelar, do Bono, das viagens, dos jantares com os amigos...
O fim-de-semana no Alentejo para retemperar, com o pãozinho fatiado, os enchidos que nunca me fazem mal ao estômago e o requeijão que parece iogurte, a sesta de duas horas no sofá apertado e desconfortável. Fica para o mês que vem.
O tal churrasco com os amigos que era para ter feito este Verão, com direito a um mergulho na piscina e uma ronha na cama de rede... agora, fica para o ano.
Aquela escapadela a Paris ou Londres, sempre adiada.
O passeio ao final do dia na praia com o Bono... Hoje não, porque cheguei tarde. Amanhã ou logo se vê.
Tudo em stand-by...

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Agenda

Seu Jorge apresenta "América Brasil":
1 Novembro, Casa da Música - Porto
2 Novembro, Cine-teatro de Estarreja
3 de Novembro, Centro Cultural de Vila Flor - Guimarães
9 de Novembro, Centro de Artes do Espectáculo de Portalegre
12 de Novembro, Coliseu dos Recreios - Lisboa

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Fobias, Medos, Atrofios & C.ª

A noite passada serviu para me dar certezas de uma coisa: os medos de infância continuam na idade adulta. Desde muito novinha que fechava os olhos com força quando via os relâmpagos e tremiam-me as pernas quando se seguiam as trovoadas. Chorava porque não queria ir para a escola. Sentava-me no sofá, tapava os ouvidos e encostava a cabeça nos joelhos. Normalmente, chovia logo a seguir, um dilúvio que deixava a estrada intransitável. Com o passar dos anos, a minha reacção à trovoada tornou-se mais tranquila. Tirando o fechar os olhos quando vejo um relâmpago, mesmo quando vou a conduzir (não aconselho). Ontem, voltei à infância. Mal começou a trovoada, fui deitar-me, encolhida, tapei-me até à cabeça e gelei. Voltei a sentir medo. Não consigo perceber aquelas pessoas que encaram uma noite como a de ontem apenas como um fenómeno normal da natureza. Não percebo, porque tenho medo. Bolas, um terramoto, um furacão também são fenómenos da natureza e não conheço ninguém que goste de assistir a isto! A mesma coisa com os bichinhos. Tenho fobia a coisas rastejantes, com muitas pernas ou com pele escamada. Ainda assim, as pessoas insistem em defender estes bichinhos como parte do ecosistema, e soltam daquelas frases típicas: "É a Natureza! Não fazem mal a ninguém." Tudo bem. Mas acham que dá para eles ficarem junto à Mãe-Natureza e eu na civilização? Obrigada!

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Portugal x Sérvia: diário de uma visita a Alvalade

(Calma, eu não vou escrever um post sobre o jogo de ontem. E este também não vai ser um post sobre uma gaja que foi pela primeira vez assistir a um jogo no estádio e que, por isso, ficou toda molhadinha de ver os jogadores ali tão perto. Mas há pormenores que só uma gaja consegue captar nestas alturas...)

Não foi a primeira, nem a segunda, nem a terceira vez que entrei no Estádio de Alvalade. Admito que ainda não fui ao novo Estádio da Luz. E isto quer dizer apenas uma coisa: que me estou a preparar para o grande dia, próximo, e que até lá, vou apreciando os outros estadiozinhos...
As emoções de se ver um jogo de futebol no estádio, ao vivo e a cores, em nada se comparam às de ver o jogo na televisão. O campo parece muito maior e os jogadores parecem muito mais pequenos. Acima de tudo, existe uma mística estranha que se entranha (clichés à parte...) a partir do momento em que nos sentamos. Manifestações populares contagiantes, deslumbrantes e algumas irritantes... Passado um minuto, saem da minha boca coisas como "Portugal, Alê"... Com o decorrer do jogo, saem-me outras bem diferentes, como "f...-se", "corre, c......". E em matéria de asneiras, até as crianças estão permitidas a dizê-las (e muitas, que eles sabem-nas todas). Em dia de jogo, podem até limpar as mãos à roupa que os pais acham piada a tudo.
A minha atenção desvia-se para fora do relvado... Um senhor à minha frente, em conversa com o amigo, diz esta brilhante pérola que até eu, como benfiquista, tenho de concordar. "Este gajo (Nuno Gomes) é inegociável...! Ninguém o quer!"
O empate, mais que esperado, é a combustão da minha ansiedade. Mais umas asneiras , enfim, o costume... O momento de animação estava bem guardado... Scolari, antevendo que o seu futuro no futebol tem os dias contados, lançou-se a dar uma esquerda a um dos Vic (ler "vich"), quiçá, a piscar o olho a uma carreira promissora no kickboxing português.

domingo, 9 de setembro de 2007

Fast food

Se eu soubesse que era tão fácil fazer arroz basmati, já me tinha convertido há mais tempo.

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Às vezes...

... tenho a sensação que a estupidificação de uma pessoa se desenvolve, não pela ausência de contacto com outros e pela falta de informação, mas por se dar com demasiada gente e ter acesso a tudo o que quer.

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

I can't resist!!!!

O meu cão já é um Cão com C grande! Descobriu a arte de levantar a pata para marcar território em tudo o que é poste, caixote do lixo, árvore, muros. Eu bem reparei no ar altivo dele quando passava por outros cães que lhe ladravam.
Daqui a uns tempos, perde os três...

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Pérolas de uma agência de modelos - Parte I

À simples pergunta : "O que o/a leva a inscrever-se numa agência de modelos e quais os trabalhos que gostaria de fazer?", os futuros modelos e manequins de Portugal respondem:
- A importância do trabalho em equipa, a comunicação interior e exterior.
- Inscrevi-me porque sempre sonhei em ser modelo, mas infelizmente a minha estrutura óssea nunca o permitiu.
- Para experimentar coisas novas, não sei bem quais.
- Conhecer gente nova é, de um certo modo, interessante e vai aumentar o meu conhecimento e cultura geral.
- Gosto do trabalho de actore e com prazer de jogar um outro personaje.
- Interesse crescente por esta área através de conversas com os amigos.
- Já tenho muita experiência. Participei em alguns desfiles, nomeadamente, a Moda Mafra e fiz um trabalho de figuração numa novela. (Esta vai longe!)
- Ganhar dinheiro.
- Qualquer área ligada aos audiovisuais.
- Modelo, a minha namorada.
- Eu gostar de poder cumprir um sonho.
- Por me considerar bonito e com bom físico.
- A razão não sei.
- Tentar encontrar emprego.
- Aprender novas modalidades.
- Gosto de ser fotografada.
- Este tipo de trabalho é importante para o meu CV profissional.
- Ganhei uma grande paixão pela moda.
- Ser actor ou outro qualquer.
- Procuro a representação.
- Adoraria trabalhar em anúncios publicitários fazendo uso da voz.
- Porque gosto que as pessoas me vejam.
- Gosto de quebrar a rotina.
- O fascínio pela moda corre-me nas veias.
- Queria experimentar as minhas forças.
- Gostava de um dia ser actora.
- Ter outra ocupação sem ser dona de casa.

Esta era, até há pouquíssimo tempo, uma realidade desconhecida para mim, até que a Bebé Lili começou a vasculhar os nossos arquivos. E foi o delírio total, horas de risada total. Tornou-se um vício, confesso. Outras partes virão. Desconfio que consigo alimentar este blogue só com isto...


(Posted by Espalha Brasas e Bebé Wiwi)

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Presente da Islândia

Trailer de "Heima" - Sigur Rós

Hoje, a caminho do trabalho

Sono, muito sono. O que é que eu vou ouvir...? "The National", para não variar... Curvinhas e mais curvinhas. GNR lá à frente. Mandam-me encostar. Olha, olha...
"Bom dia..."
"Bom dia. Importa-se de abrir a mala?"
"Não, não."
Vazia. Um saquinho de papel do Ikea nada naquela imensidão.
"Obrigado. Pode seguir."
"Já? Não me vai pedir os documentos do carro?"
"Não."
"E soprar o balão?"
"Não."
"E o teste das drogas?"
"Não."
"Então, está bem..."

Que chatice! É a primeira vez que me mandam parar e não dão pica nenhuma!

Ontem, no caminho para casa

Merda mais estas lombas da Av. de Ceuta... Xiiii, esqueci-me da porcaria do radar. De certeza que passei a mais de 50 km/h. Olho para o conta-quilómetros, 70... Já na auto-estrada, uma fila indiana de carros anormal àquela hora. Dá para se despacharem? Vruummmm. Merda, o carro da BT. Olha, agora já está. Logo a seguir às portagens, outra fila indiana, mas estavam todos a encostar à direita. Ó cum caraças, era só o que me faltava. Perninhas a tremer... Olha, afinal não, mandam-me seguir. Que sorte!

terça-feira, 28 de agosto de 2007

Eu gostava...

... de um dia ter cojones, virar-me para os paizinhos e mãezinhas deste Portugal que me telefonam a perguntar porque é que o filhinho está sem trabalho (desempregados, coitadinhos) e dizer-lhes: "O seu filho nunca na vida vai desfilar nem aparecer num anúncio, porque é feio, gordo, porco, desdentado, cheira mal dos pés e tem ranho no nariz!"

É que gostava mesmo!

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Ando toda FOXtrot!!

Há coisas fantásticas e temos que saber dar-lhes o devido valor. O fenómeno televisão por cabo (quer seja TV Cabo ou Cabovisão) trouxe um novo ânimo aos lares portugueses. É pró menino e prá menina, prós grandes e prós pequenos! Podemos pagar ou ser trafulhas e neste caso, conseguimos ter até 300 canais... de borla! Nos canais Lusomundo, ainda temos direito a dois de cada. No caso de termos perdido o início do filme, passado uma hora começa o mesmo filme no Premium 2. No meio destas centenas, há apenas um... dois, vá, não, três que já me estão memorizados: FOX, Lusomundo Premium e Sport TV. O primeiro tornou-se um sério vício e, como todos, difícil de largar. House, Donas de Casa, Earl, Os Simpsons, American Dad, Family Guy, Casos Arquivados, A Lei dos Mais Forte, The O.C, Ossos, Perdidos... Papo aquilo tudo! Mesmo sem saber a programação, está sempre a dar qualquer coisa, seja a que horas for. E se não tivermos conseguido ver um episódio, no dia seguinte, repetem-no. Fantástico! Há melhor do que isto? Há! Quando dão dois episódios seguidos do Dr. House! Melhor, melhor, só mesmo quando a sequência é Simpsons, Dr. House em dose dupla e Donas de Casa.
Claro que há sempre alguma coisa que estraga o cenário idílico de chegar a casa, jantar qualquer coisita, sentar-me no sofá e carregar no 53 do comando. Quando ele quer ver "O Dia Seguinte" na SIC Notícias, porque se parte a rir com as birras do Fernando Seara... Valha-me a televisão no quarto (é para isso que serve) para ver a moca de "Weeds", na 2.

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

A hora de almoço do obril!!

Para quem trabalha perto de zonas de obra, sair para almoçar fora pode trazer algumas surpresas, principalmente, se tivermos que passar pelas ditas. O óbvio: vamos ter de ouvir piropos do pessoal do obril, mesmo que tenhamos a depilação à Tony Ramos ou uma cara de quem foi atropelado por um camião e não teve direito a indemnização. A surpresa: o requinte e imaginação dos piropos das construções modernas. Os tradicionais “papava-te/comia-te/lambia-te toda”, “ganda rabo!”, “Anda cá ao pai”, “És MUNTA BOUA”, passaram à história. Do novo repertório fazem parte: “Ainda dizem que as flores não andam” ou a variante “Ó flor, queres vir para o meu jardim?”. Ou ainda “Que belas pernas… A que horas abrem?”. Até hoje, eu achava que o melhor deles todos era: “Ó jóia, anda aqui ao ourives!”. Mas a cereja no topo do bolo, o Globo de Ouro dos Piropos do Obril vai paaaaaaaaaara: “Eu só não tenho pêlos na língua porque tu não queres!”. Clap, clap para o pessoal do obril! Ainda dizem que são básicos!

terça-feira, 7 de agosto de 2007

A loucura começou!!!

Estava a demorar!! Em vez de aproveitar os saldos para mim, estoiro o dinheiro todo para a mais "piquena" que há-de vir! Quem é que resiste às merdinhas dos vestidinhos e camisolinhas e gorrinhos e botinhas?

segunda-feira, 30 de julho de 2007

A Lili entrou para o Guiness!!!

Numa manhã, a Lili conseguiu comer meio quilo de gomas!! 500 gramas!! Alguém consegue superar este feito?? Eu duvido...


sábado, 28 de julho de 2007

Béléza!!

Acorda para mais um dia. Mais um, pensa. Levanta-se e arrasta-se até à casa-de-banho. Nem abre os olhos e enfia-se na banheira. Deixa a água quente, quase a ferver, aquecer-lhe o corpo, demasiado até. "E se for só com água quente, será que me queimo? Será que aguento? Será que grito?". Demora-se no duche. Apesar de tudo, gosta da sensação da água a correr-lhe pelo corpo, do arrepio da pele, de se ensaboar com a esponja, tão suave que lhe abraça o corpo disforme... Não sente o volume da barriga nem a flacidez das pernas grossas. Gosta daquela sensação... Todos os dias, este é o único momento de prazer que tem. Quando termina, está envolta numa nuvem de vapor. Limpa o espelho embaciado com a toalha. Olha-se nua com nojo. "Odeio-me e odeio-te! Qualquer dia, mato-te para nunca mais ter de olhar para ti." Passa o body lotion pelos ombros, em movimentos circulares e desce pelo braço. Demora-se nos seios, nos mamilos arrepiados. Passa as mãos entre as pernas, fecha os olhos e sorri. Sorri enquanto se massaja. Encontra-se novamente com o espelho e chora, de raiva, todos os dias antes de sair de casa.

Acorda para mais um dia. Olha para o relógio e espreguiça o corpo delgado, com os braços esticados para trás. Passa as mãos pelos belos seios e pela barriga plana. "Bom dia", diz, sozinha na cama. Levanta-se de um pulo e desfila até à casa-de-banho. Olha-se ao espelho e sorri. Entra na banheira, água morna, nem muito quente, nem muito fria, no ponto. Massaja os cabelos canela com prazer, com um shampôo de volume extra. O gel duche de morangos e champagne escorre-lhe pelos seios, perfeitos, simétricos, agarra-lhe as nádegas redondas, perfeitas, e beija-lhe as pernas até aos pés, esguios, perfeitos. Olha-se ao espelho e sorri. A pele bronzeada reflecte como ouro. "Odeio-te! Achas que consegues ser mais bonita do que eu... Estúpida!! Olha para ti... És pequena demais para mim. Qualquer dia, mato-te!". Apressa-se no body lotion de morangos e champagne. Espalha-o freneticamente com movimentos brutos e chora. De raiva. Olha-se novamente ao espelho, limpa as lágrimas e sorri.

terça-feira, 24 de julho de 2007

27...

Am I happy?
Am I stronger than I was last year?
Will all my good friends call me to say Happy Birthday?
Will I ever be a good mother.. or just a mother?
Am I a good wife?
Am I better woman?
Am I a good friend?

segunda-feira, 9 de julho de 2007

Então e o último dia?

Pois... Já cá faltava para completar o diário do SBSR. Muito bom, mas, claro, nada como o primeiro dia do segundo acto.
Não cheguei a tempo de ver The Gossip, acho que foram muito bons. Os TV On The Radio pareceram-me pouco entusiasmantes, mas já apanhei o concerto a meio.
Scissor Sisters foram muito animados e tornaram impossível as tentativas de dar apenas um abaninho de rabo. Era para mexer tudo.
Interpol... para ver no Coliseu dos Recreios, em Novembro, com calma e outra onda (tenho de dar a mão à palmatória ao mestre Diaz).
Underworld... Apesar do meu cansaço de 3 dias a deitar tarde e levantar cedo e algumas cervejas, fizeram-me dançar e curtir durante mais de uma hora e meia. Mostraram-se em muito boa forma e abriram o apetite para o que aí vem, o Dance Station.

Para o ano há mais!

quarta-feira, 4 de julho de 2007

A surpresa do 3 de Julho

Por vezes (muitas, até), as bandas que actuam nos palcos secundários ou que fazem a primeira parte de um grande concerto, revelam-se verdadeiras pérolas, que me despertam o bichinho de ir à net e pesquisar umas coisas sobre aqueles, até então, desconhecidos. Os The Magic Numbers começaram a tocar quando eu estava ainda sentada nas mesas, a acabar de beber a segunda cervejola. As duas primeiras músicas já me eram familiares da Radar, ouvi-as sem olhar para o palco. 1.ª surpresa: a voz não tinha nada a ver com as pessoas que eu tinha idealizado (isto acontece-me frequentemente). 2.ª surpresa: eles surgem em palco extremamente simples e muito bem-dispostos, contagiam de imediato o público. 3.ª surpresa: a voz de uma das vocalistas, Angela Gannon, é angelical e faz com que todas as pessoas que ainda não estivessem a olhar para o palco, o fizessem. 4.ª surpresa: as canções inundam o público de boa-disposição, criam uma verdadeira boa onda antes dos dois últimos concertos. "Sof, isto é muito fixe". Têm ar de canadianos (não são, vêm de Londres). Os irmãos Romeo e Michelle são filhos de mãe portuguesa. 5.ª surpresa: existem há 5 anos e contam com 2 álbuns editados, o terceiro, disseram, será lançado dentro de algumas semanas. Os The Magic Numbers estão muito na onda dos Broken Social Scene (canadianos), Arcade Fire (também canadianos), misturado com um estilo country nada foleiro. Arrisco ao afirmar que, em algumas partes do concerto, lembraram-me os Sigur Rós (!!!!!!!), pelo xilofone e pela voz de Angela Gannon. Pequenos flashes, apenas.


Então e os Bloc Party e os Arcade? Estes não me surpreenderam. Fizeram o favor de ir ao encontro das minhas expectativas. Kele Okereke tem um sorriso fantástico, irreverente. Puxa pelo público, que sabe as músicas de cor. São putos com sucesso garantido (quase de certeza) para os álbuns que hão-de vir. Sinto-me bastante satisfeita. Só falta Arcade... Começam com a projecção de um vídeo de uma criança brasileira a pregar perante uma plateia. Black Mirror abre o último concerto às 00h15. Eu e as milhares de pessoas que me rodeiam estão ao rubro. Eles tocam freneticamente, com paixão. Começa a chover... Só podia. E é por isso que eu digo que sim, que os Arcade Fire são isso tudo e mais alguma coisa.

segunda-feira, 2 de julho de 2007

São poucos os que se apercebem...

A Lili, a miúda de 17 anos que trabalha comigo, companheira e amiga que me faz rir o dia todo, diz que a música que eu oiço é música de viagem, tipo banda sonora da minha vida, e que me imagina sempre a ouvi-la num daqueles carros antigos, com bancos grandes em pele e um volante enorme, toda contente, pela estrada fora…

Nos próximos três dias...

... eu vou estar a curtir no Super Bock Super Rock!!!! A partir das 19h, claro, que a patroa não papa grupos!

sexta-feira, 29 de junho de 2007

É o quê?

Já receberam uma sms deste género: "E xo pavisar q vou xegar maix tarde" ???? Não? Mas devem estar quase a receber. Estas sms têm o efeito contrário ao desejado, que é transmitir uma mensagem rápida e evitar gastar dinheiro numa chamada. Além de demorar o dobro do tempo a decifrar o que está ali escrito, acabo por telefonar para saber. Para quem ainda não se apercebeu deste fenómeno, este é o dialecto utilizado pelos teens, e que contraria o que se pensa deles, que são básicos. Amigos, isto é tudo menos básico. Eu arrisco até a dizer que este será o dialecto do futuro e que daqui a uns anos, quem não xober xcrever axim, naum tm lugar neim aqi neim na xina...
Xtes xao algunx dux ezemplox:
Amu-t
Aki pa tdo
Bjaum
Nunka
Pexoa
Xpetacular
Nha
Kuidado
Kuandu
Kabu
Podex
Tantah merdah ki ja akonteceuh

Eu já comecei a treinar... Aviso-vs já que ixto naum é facil...

domingo, 17 de junho de 2007

Ehhhhhhhhh pá!!!!


Ainda bem que o Verão está quase a chegar... Pelas amostras, calculo que isto vai ser a escaldar...

Entretanto, vou ali e já venho... Avisem-me quando estiver calor...

sexta-feira, 8 de junho de 2007

VID - Very Important "Dates"

Que é como quem diz: "As saudades que eu tenho das belas das acreditações..."

2 de Julho - Gotan Project, Jardim do Marquês de Pombal - Oeiras
15 de Julho -Nouvelle Vague, Casa da Pesca - Oeiras

Eu já marquei na minha agenda. E tu?

quarta-feira, 6 de junho de 2007

sexta-feira, 1 de junho de 2007

Vou ser tia...

... pela segunda vez! Da outra mana, a do meio. Recebi a notícia com uma alegria tremenda, por saber que este era o maior desejo e o motivo de uma felicidade extrema da mana. Da primeira vez que fui tia, tinha 16 anos e, confesso, nessa altura, o impacto não foi nem metade do que foi agora. Mesmo com a notícia de que seriam gémeos. A reacção foi mais do género: "Ya, vou ser tia de gémeos". E os amigos: "Já viste, isso quer dizer que podes vir a ser mãe de gémeos também". Claro, aos 16 anos a primeira coisa que se pensa é em ser-se mãe e logo de gémeos. Agora, é diferente. Não a vontade em ser mãe, mas a motivação em voltar a ser tia, ao fim de 11 anos. Pelo meio, as sobrinhas emprestadas. Mas o sentimento é diferente. Já aqui referi que a minha postura perante os gémeos sempre foi a de tia mais desligada, a que não lhes faz as vontades todas, a que não tem muita paciência, a que não lhes compra carros e doces todas as semanas, sem que isso comprometa o orgulho que sinto em vê-los crescer... Bolas, já têm 11 anos, lembro-me que vieram os dois da maternidade na mesma alcofa, pequeninos... Lembro-me de os adormecer deitados de barriga para baixo sobre o meu peito... E que sensação! Agora, com esta sobrinha - acredito que será uma menina e que, se conseguir dar a volta à minha irmã, se chamará Sofia... - tenho vontade de fazer isso e muito mais. Tenho vontade de ficar a tomar conta dela, tenho vontade de lhe comprar aqueles vestidinhos de boneca, os sapatinhos de princesa, peluches, brinquedos. Tenho vontade de a levar a passear no carrinho ao fim-de-semana, de a adormecer ao meu colo na cama de rede. Tudo isto é a alegria de ser tia, e nem por um segundo, a vontade em ser mãe.

segunda-feira, 28 de maio de 2007

Há maneiras...

... e maneiras de lidar com um escândalo! Os japonas não brincam em serviço. Podem ter pilas pequenas (dizem) mas têm tomates para fazer isto. Por cá, ficamos apenas pelos desmentidos e "não era isso que eu queria dizer".

domingo, 27 de maio de 2007

O estranho mundo do balneário feminino do Holmes Place

Decidi, em boa hora, inscrever-me no Holmes Place, aquela cadeia de ginásios que mais parece uma seita e que envia sms intimidatórias caso a nossa assuiduidade registe quebras, do tipo, ir apenas duas vezes numa semana - se a semana tem 7 dias, ir apenas 2 constitui uma falha grave e é o primeiro indício de que estamos a fraquejar no objectivo que prometemos cumprir quando assinamos a bendita proposta de adesão. Enfim... Por várias razões, inscrevi-me. A minha primeira aula foi no Holmes de Cascais. Entro no balneário, como é a primeira vez, demoro algum tempo a descobrir o sítio das coisas. Escolho o cacifo (196), junto aos espelhos e aos secadores. Começo a equipar-me e, de repente, vejo-me rodeada de mulheres nuas, o que é normal, visto estar num balneário feminino. Mas elas estão nuas, passeiam-se pelo balneário nuas, sem toalha enrolada, secam o cabelo nuas em frente ao espelho, falam umas com as outras nuínhas, e vão juntas para os duches nuas... Eu sei que somos todas mulheres (pelo menos, aparentemente), que mamas, rabos, tufos de pêlo e depilação integral é tudo igual, mas não deixa de ser constrangedor (ainda não vi MAMAS PRETAS E GRANDES). Lembro-me que da primeira vez, fiquei especada a olhar para uma senhora a secar alegremente o cabelo em frente ao espelho com tudo ao léu. Ao princípio, estranha-se, mas depois, continua-se a estranhar até que se acaba por ignorar. É também verdade que depois acabo sempre por olhar para a outra que tem mais celulite no rabo do que eu, que tem mais barriga do que eu, e claro, as outras pirosas que têm tudo no sítio e que me fazem querer despir e vestir fechada na casa-de-banho.
Isto poderia ficar por aqui, não fosse o facto de, num ginásio, termos pessoas de todas as idades. E então, estas visões tornam-se tão mais horripilendas e dantescas quanto mais velhas elas são. Sim, porque estas também gostam de andar a mostrar as peles e aquilo que já foi um dia, um rabo e umas mamas, difíceis de distinguir agora no meio daquelas peles.



terça-feira, 22 de maio de 2007

A doença dos tempos modernos

Hoje em dia, está na moda dizer que se anda stressado e é fácil culpar o stress de todos os problemas da nossa vida. O trabalho é um stress, chegar a casa e ter de fazer o jantar é um stress, o trânsito é um stress, receber aqueles amigos em casa é um stress, ir às compras é um stress. Tudo está mal por causa do stress. Até o stress é um stress. Uma vida stressada deixa-nos pouco tempo para fazer uma série de coisas. O trabalho ocupa-nos 80% do dia, e quando chegamos a casa, a vontade de ocupar os 20% que sobram é muito limitada. Falo por mim. Não tenho vontade de fazer nem uma sandocha, muito menos de passear o Bono ou de manter um diálogo interessante. A única coisa que consigo fazer é sentar-me no sofá, ligar a televisão e fazer zapping pelos 400 canais. Isto durante uma hora, no máximo, porque depois, arrasto-me até à cama. Com um bocadinho de sorte, ainda me lembro de dizer até amanhã. Os dias seguintes são uma repetição dos anteriores, and so on and so on. A chegada do fim-de-semana, à primeira vista animadora, acaba por revelar-se um exercício de ócio, puro ócio, onde a vontade de não fazer nenhum se sobrepõe à vontade de pensar em qualquer coisa de interessante. Resultado: preguicite aguda, um termo que só agora me faz sentido e que sempre associei a uma brincadeira para definir alguém que não gosta de trabalhar e que vive encostado à parede. A verdade é que isto pode, a longo prazo, tornar-se uma doença, esta sim, a doença do século XXI. Marcamos um jantar lá em casa com os amigos ao fim-de-semana porque dá mais jeito e temos mais tempo, mas depois, a preguiça inventa uma desculpa para marcarmos para outro dia. Combinamos ir ao cinema porque não temos de nos levantar cedo no dia seguinte, mas a preguiça tem um programa melhor. Durante a semana não temos tempo, nas horas vagas a preguiça encarrega-se de tomar conta da nossa vontade.
Qual stress... O estilo de vida moderno esconde outras doenças muito mais perigosas... Que não matam, mas moem, e definham...

domingo, 13 de maio de 2007

A minha fé é maior que a tua!

João das Neves bem tentou manter-se acordado, mas o cansaço da viagem foi mais forte. A mulher, Conceição das Neves, lá estava com a sua fé inabalável, de joelhos no chão, a segurar firmemente a vela nas mãos secas (Conceição esquecera-se de levar o creme Nívea, da lata azul, que há anos, décadas, usa para tudo, até para as assaduras...). Rezava convicta de todas aquelas palavras. As crianças estavam entretidas com a PSP (leia-se Playstation Portable). João das Neves pensou na bênção que era ter aquela família. Uma mulher devota, cumpridora das suas obrigações como esposa e mãe, fiel, trabalhadora e... gorda. Afinal, com tanta dedicação aos outros, pouco tempo sobra para cuidar de si. Ele, João das Neves, era assistente no departamento comercial de uma empresa. Ganhava razoavelmente bem, o suficiente para ter um carro mediano, uma casa mediana e um estilo de vida mediana. Não me posso queixar, podia ser pior, pensava. E pensava na bela da secretária do patrão, que de vez em quando, lhe dava um carinho, quando o patrão não estava.
De volta a casa, de espírito lavado, João e Conceição estavam felizes. Entraram no carro, tudo a postos para o regresso. De repente, o caos. O trânsito parado, filas intermináveis, impaciência, comichões.
- É sempre a mesma coisa, todos os anos é isto, pá. Pra qué que insistes nisto, hã?
- Mas queres ver agora, hã? Fazemos isto todos os anos, não me imagino a não vir a Fátima.
- Então passas a vir tu, pá. Aqui o burro é que tem de vir a conduzir e a gramar com estas merdas.
- Não digas asneiras em terreno sagrado e em frente aos miúdos, hã?
- Ó pá, os miúdos dizem bem pior!
- Ó mãe, o Rúben lá do colégio diz que a professora é uma puta!
- Nossa Senhora, Carminho, limpa a boca.
- Ó mãe, tou aflito pra mijar...
- Luisinho, não é mijar, é fazer chichi, filho.
- É mijar sim senhor. Homem que é homem mija, e é de pé, não faz chichi sentado.
- Mas que coisa, João!
- Olha-me este a querer passar à má fila... O que é que tu queres, ó espertinho? Aqui não passas tu, chico esperto!
- João, calma, não te enerves, não é preciso.
- Ai não? Está aqui um gajo horas a andar meio metro e vem um espertinho e passa-me à frente. Era só o que me faltava.
- Mãe, tou mesmo aflito pra mijar.
- Agora não, Luisinho. Aguenta mais um bocadinho...
- Vou fazer nas calças...
- Tu tás mas é maluco, miúdo, sujas-me os estofos e levas uma galheta que nem sabes de onde vens!!
- João, não fales assim pró miúdo.
- Cala-te mulher! Reza, reza para que isto ande rápido e pra que o puto não me suje os bancos, se não quem paga és tu!

sexta-feira, 27 de abril de 2007

L'Enfant Terrible!

Não sei se vos acontece o mesmo, mas nos meus almoços, lanches e jantares de família, o tema principal de conversa acaba sempre por ser o mesmo: a nossa infância. Então quando está a família toda, mãe, filhas, netos, maridos e namorados, cruzam-se episódios e comparam-se as histórias. Estórias, portanto. A mãe é quem, quase sempre, dá o mote. "Aquela", referindo-se à mais velha, era a líder, e esta (referindo-se à do meio) fazia tudo o que ela dizia e andava sempre atrás dela. Depois veio a outra (eu) e faziam dela uma boneca. Acordavam-na, faziam dela a filha quando brincavam às casinhas". A mais velha acrescenta mais alguns pormenores. Claro que passamos a maior parte do tempo a rir, e isto, para os meus sobrinhos, é ouro sobre azul, ouvir falar da mãe e das tias quando eram pequeninas. "A do meio era a mais calminha. Assim que se levantava, abria a porta da cozinha e perguntava: Vó, há xôpa? A Lena já não brincava tanto e então, arrumava os brinquedos todos, nas prateleiras, direitinhos e não deixava a mais nova (eu) mexer. Nem a deixava brincar com elas, dizia que ela era uma pirralha e que não sabia brincar. Bem, dava-lhe (a mim) a 'veneta', ia ao quarto e atirava os brinquedos todos ao chão, pisava-os. Depois a mais velha batia-lhe, ela vinha chorar para o pé de mim e dizia que as mais velhas não a deixavam brincar. Depois começou na fase de arrancar os cabelos quando ficava irritada (continuamos a falar de mim), e um dia ouviu-me, escapou-se-me, a dizer 'puta' e começou nisso. Quando se chateava, arrancava os cabelos e gritava para mim a chamar-me puta." Devia ter uns 3/4 anos. Grande lição para os adultos: nunca dizer asneiras ao pé de crianças na fase do papagaio, em que repetem tudo o que ouvem.
Claro que estas coisas depois têm as suas repercussões anos mais tarde. Eu e a mana mais velha somos como cão e gato, apesar de termos o mesmo feitio. O dela muito, mas muito pior do que o meu. A do meio continua a ser a mais meiguinha, apesar de ter os seus 'vaipes'. Fazia sempre o que lhe pedia, dáva-me tudo, e eu, claro, de vez em quando, tratava-a mal. Agora já não, mas ela continua a ser meiguinha, trata-me como a mana mais nova. E isso, sabe bem.
Eu, opinião geral da audiência familiar, continuo a ser a enfant terrible.


Há coisas que nunca mudam!

terça-feira, 24 de abril de 2007

De volta às botifarras!!!

Assumo, como ainda não o tinha feito, que também eu tenho uma cena com os pés. Seja homem ou mulher, se me aparece à frente com os pés à mostra, é para eles que desvio o olhar imediatamente. Nestes últimos dias de calor, era vê-los por aí à doida, livres e leves sem as botas de Inverno (eu mantive-me fiel às botas, é que, apesar do calor, sou um bocado friorenta nos pés e sandalinha, só mesmo no Verão). Elas, as gajas, também andavam doidas, numa corrida desenfreada às lojas para comprar os últimos modelos, que as do ano passado já cheiram a mofo e se é para mostrar os pezunhos que andaram durante seis meses apertados e fechadinhos, então, que seja com um modelito novo. Douradas, de preferência, que estão aí a bombar.
Bom, o problema surge quando se tem esta mania de olhar para os pés das pessoas, ao ponto de, por vezes, nem conseguir tirar os olhos do chão. E então, vêem-se coisas arrepiantes, agoniantes, e que em alguns casos, até fazem comichão!! Não vou aqui descrever o que são pés bonitos e o que são pés feios, isso fica ao critério de cada, que eu cá, tenho o meu. Mas se é para andar com os pés ao léu, então que se faça um pequenito esforço de cortar as unhas, limpá-las, tirar aquele sebum negro que aparece por baixo das unhas quando não são limpas, pôr um creminho nos pés só para estes não ficarem com aquele aspecto de lixa e, no caso de se ter as unhacas amarelas, grossas e cheias de risquinhas, passar um verniz também não é má ideia. É que ver certas e determinadas coisas logo de manhã, causa uma certa indisposição...

Vá, agora que vem aí a chuvinha, toca a esconder os pezinhos outra vez!!

terça-feira, 17 de abril de 2007

As maravilhosas invenções deste admirável mundo

- Boa tarde. O que vai pedir?
- Quero uma água com gás. Castelo ou Vimeiro, por favor.
- Natural?
- Não, com gás.
- Sim, mas sem sabores.
- Sabores??
- Sim, quer experimentar, por exemplo, a Frize Limão?
- Hmmm... E isso é bom?
- Experimente.
(...)
- Peço desculpa, mas já não temos Frize Limão. Pode ser a Limão-Cola? Ou Morango-Framboesa, ou ainda Pêssego? Ou só Morango...?
- Acho que prefiro mesmo sem sabores...
- Não, mas experimente. De certeza que vai gostar. É como se fosse um sumo mas sem açúcar e mais leve.
- Não me parece... Não quero mesmo. Prefiro a água com gás simples!!
- Pois, mas não temos.
- Não...? E sem gás...?
- Só um momento...
(...)
- Lamento, mas também não temos. Sabe, as novas águas vendem-se muito melhor...
- E por isso acabam com as outras?
- Olhe, recomendo também a Vitalis de Maçã e Chá Branco, que até lhe faz bem ao organismo, é boa para purificar. Já viu?
(Silêncio, inspiração profunda, expiração...)
- Acho que afinal vou querer uma Super-Bock, normal, por favor...
- Não temos... (e treme). Mas temos a nova Super-Bock Pêssego...

Vai ser MUNTA BOUM!!!!!!!!!!!!


segunda-feira, 16 de abril de 2007

Tss, Tss!!

Já o disse uma vez, mas repito, que não se usa cueca / tanga preta com calças brancas. Numa mulher dá um certo ar de desleixo e, acho, de vulgaridade... Agora, num homem, é um bocado estranho, a nossa mente perversa leva-nos a pensar automaticamente que é gay. Afinal, de calça branca e tanga preta só pode. Mas se tivermos em conta que este homem é o nosso professor de Step, então, está tudo explicado.

É gay, na mesma!!

sexta-feira, 13 de abril de 2007

And then...


... it rained

like that first November day.

It washed away all the signs you left untouched upon my body.

And then I died.

And I never became a butterfly.

quinta-feira, 12 de abril de 2007

A nova oportunidade de Sócrates!

Estão espalhados por toda a cidade de Lisboa e arredores e a nova versão recorre à velha (mas sempre eficaz e rentável) estratégia das figuras públicas. Os outdoors e pubs Novas Oportunidades mostram um Carlos Queiroz de impermeável e luvas na mão e um cortador de relva como instrumento de trabalho. Chamada de atenção: "Este é o Carlos Queiroz que não acabou os estudos". O timing da campanha não podia ser o mais apropriado, ou não estivesse em causa e em debate público a licenciatura de José Sócrates, para mim, um assunto de vital importância para o meu dia-a-dia e que me tem ocupado os serões lá em casa com fervorosos debates. Afinal, ele é ou não é engenheiro? É que isto de termos um Primeiro Ministro sem canudo, quer dizer, não pode ser, não é? Fala-se que Portugal ainda tem uma taxa de analfabetização elevada, que a maioria dos portugueses (e dos funcionários públicos) não tem a escolaridade mínima, quanto muito, a 4.ª classe, ou 1.º ciclo, como lhe chamam agora, e depois, vem a público que o nosso PM é tão engenheiro como o Guterres é bom a fazer contas de cabeça! Mas se todos merecem uma segunda oportunidade, então, vamos dá-la também ao Sócrates. Ele também vai fazer campanha pela iniciativa Novas Oportunidades e vai ser fotografado com um capacete, um tijolo numa mão e uma colher com cimento na outra e atrás dele, vai ver-se o novo empreendimento turístico de Tróia. O slogan: "Este é o José Sócrates que acabou os estudos. O que não acabou, é agora Primeiro-Ministro. Por isso, se queres seguir carreira política e ocupar um cargo de chefia, caga na licenciatura."

terça-feira, 3 de abril de 2007

Ainda dizem mal dos espanhóis!

Lili e Andrea saem tarde do trabalho e preparam-se para apanhar o metro, quando a Lili se lembra que ainda não comprou o passe. A bilheteira já estava fechada e toca a comprar nas máquinas. Ainda estamos a colocar as moedas quando passa um casal de espanhóis, estende-nos dois cartões de 10 viagens e diz:
- Podem ficar com estes cartões que ainda têm 3 viagens cada um. Nós vamo-nos embora amanhã. Fiquem com eles.
- Hã?

sábado, 31 de março de 2007

Homens: rebelem-se!

Revoltem-se! Exerçam o vosso direito! Exijam! Protestem! Reclamem! Esmurrem! Esperneiem!
A capa da FHM com a Sofia Aparício e a sessão fotográfica são uma fraude, meus queridos, por MUNTA BOUM que aquilo vos pareça. A Sofia Aparício, pura e simplesmente, não tem aquele rabo. Aliás, ela não tem rabo. Nem aquelas pernas. Bolas... não quero acreditar que vocês acreditam naquelas imagens! Photoshop... diz-vos alguma coisa?
Atenção: isto não é inveja. Estou apenas a zelar pelos vossos interesses.

quinta-feira, 29 de março de 2007

Uma questão de cheiro - outra vez

O tema não é nenhuma novidade, mas volta vai que alguém se lembra de fazer um debate sobre os chats e os casalinhos que se conhecem através da net. Alguns insistiam no perigo dessas relações, das mentiras que se dizem, da facilidade em conhecermos verdadeiros psicopatas. Outros assumiam que usavam estes canais para trair as mulheres e os maridos, sem considerarem tratar-se de uma traição, no verdadeiro sentido da palavra. Se não havia contacto físico, também não havia traição. Contacto físico, era aqui que eu queria chegar. Na minha modesta opinião, que para mim vale muito, para os outros, valerá o que vale, é-me difícil imaginar a excitação que se pode obter ao flirtar com outras pessoas através da net, sem as conhecer pessoalmente. Podem dizer que são assim e assado, e se parecem não sei com quem, e que fazem isto e aquilo. Mas há detalhes que fazem toda a diferença e que só com o contacto visual é que nos podemos aperceber. A primeira impressão é sempre o exterior, não me venham cá dizer que o que interessa é o interior e cenas. Sejamos honestos. Isso acontece, sim, mas só depois de gostarmos do que vemos. Certo? Há mulheres que atentam nas mãos, no rabo, nos olhos, nos lábios, nas pernas... Para mim, é tudo uma questão de cheiro. E não me refiro ao perfume x e y, que é muito importante, também. Afinal, se o perfume for piroso, não é preciso saber mais nada. Falo do cheiro natural, daquele que sobressai ao gel duche, ao creme, aquele que se sente mesmo sem nos pendurarmos no pescoço. Aquela cena. Isto sim, é o verdadeiro cartão de visita.
Agora, a não ser que inventem e dotem os computadores dessa capacidade olfactiva, então, eu mudo de conversa!

segunda-feira, 26 de março de 2007

Novidades precisam-se!

É impressão minha ou isto está um marasmo só? Faltam notícias interessantes (ou, como diria uma ex-directora minha, excitantes), faltam acontecimentos realmente bombásticos, faltam novidades!
- Salazar foi considerado, por este povo português intelegentíssimo, o Grande Português de toda a História de Portugal
- A bebé raptada em Penafiel voltou para a família verdadeira e daqui a uns tempos vai estar numa CPCJ por falta de condições dessa família
- Aconteceu mais uma tragédia à Elsa Raposo
- Os combustíveis estão (cada vez) mais caros
- A Selecção deu uma goleada à Bélgica
- A RTP fez a grande estreia da 3.ª série de Perdidos, que já circula na net há quilhões
- A RTP anunciou que o Dança Comigo vai voltar
- A Catarina Furtado vai apresentar o Dança Comigo
- O metro do Terreiro do Paço continua sem data definida de abertura
- O caso Apito Dourado conta com novas escutas, das mesmas pessoas e sobre o mesmo
- As taxas de juro do crédito habitação vão voltar a subir
- Vai abrir mais um mega centro comercial não sei onde

E isto já cansa um bocadinho!!!

domingo, 25 de março de 2007

Momento Puro Danone

Há dias que são como uma salada envinagrada... Mas depois vêm aqueles momentos Puro Danone (para quem não sabe, as tampinhas destes iogurtes têm umas frases muito mimosinhas a que ninguém liga mas que às vezes, dão jeito):

"Tens carinhos para a troca?"

quinta-feira, 22 de março de 2007

A sério que não percebo!

De vez em quando, aparece nos jornais e nas revistas ditas do social, uma notícia sobre um famoso a cumprir pena de trabalho comunitário. Regra geral, os motivos são sempre os mesmos: condução com excesso de álcool e substâncias ilícitas no organismo, mau-comportamento em locais públicos causado pelo excesso de álcool e abuso de substâncias ilícitas, cenas de pancadaria causadas pela ingestão de álcool e o uso de substâncias ilícitas. Basicamente, são uns alcoólicos e uns drogados. Como figuras públicas que são, normalmente, cantores, modelos e actoresl, tidos (dizem) como referência para os jovens, vai de castigá-los com trabalho comunitário, que é como quem diz, varrer a rua e despejar os caixotes do lixo, durante uma semana. E para o castigo ser ainda maior, bora lá mandar os fotógrafos e publicar as fotos. Humilhação pública, portanto. A mais recente cara conhecida apanhada no trabalho comunitário foi Naomi Campbell. A legenda da foto era a seguinte: "Naomi compareceu no local com saltos agulha mas calçou botas de luta para varrer as ruas". A minha questão é: que resultados efectivos isto tem? É suposto eles varrerem as ruas e pensarem: "Bolas, é desta que vou deixar. Isto de facto, fez-me repensar o que ando aqui a fazer. Vou mudar de vida! Vou deixar de conduzir embriagada e toda cocaínada. Vou deixar de ir a festas privadas e sair de lá toda queimadinha. Vou deixar de filmar com a ajuda da garrafinha e daquela linha. Vou deixar de desfilar com a ajuda da branca. Vou tentar ter um orgasmo, normal."

A sério, não consigo perceber!

quarta-feira, 21 de março de 2007

Agora sim - Roma: o texto que ninguém vai ler porque é ENORME!

Destino: Roma, 4 dias. Podia terminar já aqui este post e deitar por terra um mito que persiste entre as mentes femininas e algumas masculinas: os italianos são lindos de morrer. Tomem nota: os italianos são feios, porcos, falam alto e vestem-se mal. Pelo menos, os romanos. As italianas, algumas são bonitas, sim, bem arranjadas, mas não são um fenómeno. Além disso, têm o nariz empinado. Primeira impressão: a amostra da espécie masculina italiana no avião não augurava nada de bom.

I
Viajar em trabalho pode ser um grande pesadelo quando se tem de tomar conta de 21 adolescentes. Ou então não... É difícil estar numa posição que exige respeito, criar aquela distância que nos permite ter alguma autoridade. É mesmo difícil. Além disso, não gosto dessa postura. Prefiro entrar na onda deles. E deu resultado. qualquer coisinha "Ó Andrea, agora vamos onde? E amanhã vamos fotografar onde? E onde é que vamos comer?". Alguns insistem em tratar-me por "você". Os 12 anos de diferença falam mais alto!

II
Roma é barulhenta. Vozes em volume exagerado, carros, sirenes dos carabinieri (polícia municipal), indianos que nos impingem miniaturas do Coliseu, Piazza S. Pietro, bustos do Papa. Do novo, que de João Paulo II pouca coisa se vê.
A responsabilidade de estar em trabalho e o cansaço não me deixam ver o muito que há para ver. E descobrir. A sensação de caminhar pelas ruas de Roma é tal e qual isto: depois de "resgatar" um grupinho que tinha ficado para trás, aliciado por um indiano que vendia cintos D&G, chego a uma praça e do lado direito estava a Fontana di Trevi, uma verdadeira nascente. Perfeita, alva, limpa. Uma surpresa, portanto. Aproveito a pausa para entrar numa sapataria e dou uso à carteira. Afinal, estou em Roma, sei lá quando cá volto.
Mais uma caminhada por entre as ruas estreitas até ao Panteão. Mais do que as contrafacções Prada, Gucci e Louis Vuitton, que prometo comprar no último dia, com calma para negociar, desvio o olhar para os posters de cenas de filmes: La Dolce Vita, Ben Hur, James Bond, Bucha e Estica, Um Eléctrico Chamado Desejo. Há um em particular que me chama a atenção e que penso em comprar para lhe oferecer.

III
O bom (ou mau) de Roma é que convida insistentemente para pararmos num café para degustar, sem pressas e sem pensar nas calorias, um gelado ou uma sanduíche deliciosa com tomate e mozzarella.
Dos ex-libris, vi apenas dois com atenção. A missa de domingo do Papa não conta, para quem não é dada a essas coisas. Vê-se ao longe a cabecita branca. Do que diz, não percebo niente.

Na mesma Piazza di S. Pietro, o destaque vai para a Basílica. A energia positiva que concentra assusta-me, não por sentir qualquer proximidade com o que representa, mas pela perfeição imaculada. As cúpulas são minuciosamente pintadas, milimetricamente graciosas. A acústica dos passos... Reparo num grupo de turistas japoneses que faz fila para passar a mão no pé da estátua de um Papa, e benzem-se de seguida. Confesso que não tentei saber o porquê daquele gesto. E continuo sem saber.
Sigo para o Coliseu de táxi. Está um calor primaveril intenso e a caminhada a pé ainda é custosa. No entanto, o meu conselho é que escolham o táxi apenas em caso de extrema necessidade. Se há coisa que os italianos não são é bom condutores. Atravessar nas passadeiras também não é aconselhável!

Chegada ao Coliseu, mais uma fila. Pensei em desistir e aproveitar para passear pela Via Del Corso, comprar uma daquelas Prada que vendem nas ruas, às escondidas da polícia. Má sorte de um que não conseguiu fugir a tempo e foi de braço preso com a mercadoria.
A entrada custa 11 euros. Aqui, a sensação é outra. Dentro das ruínas do Coliseu, sente-se uma carga negativa que se respira logo a partir do primeiro segundo em que nos demoramos a olhar para o que já foi o grande Coliseu romano. A arena está aberta e deixa ver as catacumbas. Muros de pedra, labirintos, jaulas. Não optei pela visita guiada e por isso, a tentativa de reconstruir na minha cabeça cada pedra foi bem difícil.
O cansaço acumulado dos dias anteriores leva-me a apanhar outro táxi. Paragem seguinte: gelataria na Piazza Veneza. Como, regaladamente, uma concha com 3 sabores. O último gelado que como em Roma não é dos melhores, nem tão pouco dos mais baratos.

IV
Na viagem até ao aeroporto Leonardo Da Vinci, é altura dos "Adorámos", "vou ter saudades tuas" e das tradicionais lágrimas de despedida entre os miúdos. Claro, as perguntas: "quando é que as fotos estão prontas? E o book?"
Hora de aterrar. Acho que o sentimento comum a todos os que viajam, a lazer ou em trabalho, é a tranquilidade de chegar a Portugal e ver as luzinhas da cidade de Lisboa. No meu caso, acrescentem-se as saudades da minha querida almofada.

quinta-feira, 15 de março de 2007

Ainda antes de Roma...

A mámi faz 60 anos. Podia dizer que é uma mulher de força, de coragem, que passou dificuldades, que teve grandes desgostos, tantos como teve alegrias. Podia dizer também que é a melhor mãe do mundo, que a amo e admiro, e que quando for grande quero ser como ela. Não. A mámi é um ser humano como todos nós, tem as suas fraquezas, os seus defeitos, o feitio torcido, que eu herdei integralmente. Passou por várias dificuldades como tantas outras mães. Passou por um divórcio, teve as dores de cabeça normais de quando se fica sozinha em casa com três filhas, duas adolescentes e uma petiz, ainda. Passou pela descriminação local de ser divorciada. De ser trocada por outra. Nesta minha ainda curta existência, sei que contribuí para algumas dores de cabeça. Mas sei também que lhe dei muita coisa. Que continuo a dar, da mesma forma que continuo a receber. Andamos muitas vezes às turras, resultado do mesmo mau-feitio. Amo-a. Amo-lhe os olhos verdes, como nunca vi iguais. Amo-lhe o cabelo curto sempre despenteado. Amo-lhe o vestir um número de roupa abaixo do meu. Amo-lhe a beleza de chegar aos 60 sem rugas. Amo-lhe quando me repreende e olha para mim, e sabe que já não vale a pena. Amo-lhe quando se vira para mim e diz que eu já estou pior do que ela...

Parabéns, mámi!

quinta-feira, 8 de março de 2007

Is this it?

Sun... Hot... Smells like spring... But my head thinks forward... Summer!! I put my hair's tale, like I use to do in summer, and imagine I'm walking down the street with my new hawaiian sandals, and my white dress... And I'm listen to the music, this song...

quarta-feira, 7 de março de 2007

A publicidade para homens e mulheres, as revistas que todos lêem e os produtos que todos compram

Compro, ocasionalmente, uma ou outra revista feminina. Sempre gostei e mais tarde, passei a fazê-lo por uma questão profissional. Continuo a comprá-las. Não pelos artigos, sempre os mesmos, cópias das congéneres estrangeiras ou da concorrência, reciclados de edições anteriores, repetitivos na génese. Sei bem do que falo. Compro-as quando a imagem da capa me chama a atenção. E folheio-as devagar porque gosto das imagens dos artigos, da publicidade às malas, sandálias, perfumes, roupa, lojas, as fotos dos desfiles internacionais. É a apologia da velha máxima "uma imagem vale mais que mil palavras". Uma foto bem tirada, uma produção bem feita, tornar alguma coisa apetecível, é o cartão de visita para se ler o que vem a seguir. A mesma coisa com as revistas de viagens. As imagens têm que ser apetecíveis, a promoção do destino é feita pelas fotos, e não por um texto perfeito. É tudo uma questão de imagem. O mesmo se passa com as pessoas. A imagem exterior é, para o bem e para o mal, a primeira impressão que se tem de outra, o que leva muitas mulheres (mais elas do que eles) a "copiarem" uma imagem , que corresponde, na maioria das vezes, a estereótipos. Estereótipos estes que se devem aos padrões de exigência impostos pelo público masculino, também ele fascinado por estas imagens (quase) perfeitas. Que atire a primeira pedra o homem que diga não à perfeição!
Assumo que a vaidade feminina (que atire também a primeira pedra a mulher que não seja vaidosa) seja, ainda assim, a grande responsável pelas imitações. Por tudo isto e por muitas mais razões, é natural que o mundo da moda e da publicidade se dirija, em massa, às mulheres. Porém, pergunto-me: a publicidade da Intimissimi, Triumph, Sloggi ou da La Perla, por exemplo, causa mais impacto na mulher ou no homem?


segunda-feira, 5 de março de 2007

THE weekend!

Tenho que o dizer, com toda a frontalidade!! Que bem que me sabe atravessar a ponte e levar com o sol na cara, olhar para a vista e conduzir descontraída na faixa da direita... Almoçar no "Atira-te ao Rio", às 3 da tarde, sempre descontraída... Passear na praia e sentir a areia fria nos pés, enquanto o sol bate forte na cara... E ter daquelas conversas com o mano!! Sempre o mano...

sexta-feira, 2 de março de 2007

"O" carro e os outros

Dos tempos da Presente!, guardo, entre muitos outros que a seu tempo serão recordados, momentos excepcionais e de grande euforia. Os test-drives!! Belos tempos. Fim-de-semana sim, fim-de-semana sim, aqui a Espalha tinha um carrito novo para experimentar, que é como quem diz, com o depósito atestado e com total liberdade de fazer com ele o que bem me apetecesse. Para quem não aprecia automóveis e apenas os vê como um modo de transporte, às vezes, mais por imposições financeiras do que por outros motivos, que nos levam a comprar o possível e não o desejável, é difícil perceber as sensações que um carro é capaz de despertar, ainda para mais, tratando-se de uma mulher. Mas eu garanto-vos que é possível sentir aquele friozinho na barriga quando passamos ao lado desta carrinha.






Pena que a publicidade seja assim.

terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

Mea culpa!

Assumo.
Admito.
Reconheço.
Declaro.
Com toda a tranquilidade e fair play, que as vitórias do Glorioso que sucedem a um empate ou uma derrota do SCP, têm aquele gostinho especial...

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007

Chiça!

Há várias coisas que me incomodam, que me fazem confusão e por isso, que me irritam. Falo de pequenas coisas que por vezes até causam dor, daquelas ligeiras mas persistentes, que fazem moínha. Cortar-me numa folha de papel, arde c'umó caraças. Entalar, ainda que seja muito rapidamente, um dedito na porta do armário. Dar uma palmada mal dada no Bono e ficar com a sensação de que bati contra uma parede. Levar um choque, ao fechar a porta do carro ou ao cumprimentar outra pessoa. Ficar com um fio de cabelo preso no fecho do casaco ou ficar com o brinco preso na camisola de malha e não conseguir tirá-lo. Morder a língua. Andar no meio da rua e sentir-me desconfortável e já irritada com as cuecas que decidiram enfiar-se onde não deviam, apetecer-me tirá-las mas não o poder fazer porque parece mal. Sentir uma pedrita nas botas que fica lá todo o dia, tal a preguiça de as descalçar.
Mas de todas estas, nada se compara à sensação de queimar a língua com arroz e de andar uma semana ou mais, com aquele ardor de cada vez que bebemos ou comemos. Esta sensação é tanto pior se a ponta da língua ficar vermelha e não cor-de-rosa, o que significa que nos falta ali um pedaço de carne!

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007

Happy Valentine's Day!

Não ligo nenhuma ao dia dos Namorados. Já lá vai o tempo dos postais e dos peluches dos 15 anos. Não ofereço prenda neste dia, mas recebo sempre um mimo logo pela manhã, uma flor ou um chocolate. O que me leva a, no final do dia, retribuir o mimo. Não gosto de ir jantar fora neste dia, os restaurantes estão sempre à pinha, tenho de esperar esfomeada na fila de espera e com o restaurante cheio, será tudo menos um jantar romântico. Ainda para mais, com o jogo do Benfica, o convite é mesmo para ficar em casa.
Respeito, no entanto, quem faz deste dia mais uma forma de comemoração a dois, quem o vive intensamente, quem o aproveita para demonstrar ao outro que o ama. Assim como respeito aqueles casais que têm determinadas conversas ao telefone, como se tivessem 16 anos e namorassem há uma semana. "Olá môr!!! Já tinhas saudades minhas?? Eu também...!! (...) Então vá, um beijinho môr. Amo-te muito!" E despedem-se sempre com um Amo-te, mesmo que o telefonema seja para perguntar se ele/ela tirou a roupa do estendar porque estava com ar de que ia chover. Tudo bem, estão in love e continuam apaixonados passados 10 anos. Tudo bem, mas estas conversas irritam um bocadinho!

domingo, 11 de fevereiro de 2007

Uma questão de cheiro e de tudo o resto

Essa coisa do amor não escolher idades é uma bela verdade, mas é, também, um pau de dois bicos. Pode ser amor verdadeiro, a gaja de vinte e cinco anos pode mesmo amar o velho de cinquenta, sem estar a pensar na recheada conta bancária do velho, com tantos zeros à direita que ela nem sequer se importou em contá-los. Eles, claro, amam-nas sempre, até aparecer outra dois anos mais nova que os fazem sentir-se dez anos ainda mais novos.
Acredito que haja casais nestas circunstâncias, que se amem mesmo, que passeiem de mãos dadas, que façam as suas loucuras.
Mas há casos em que o interesse económico é flagrante. Caso do Barão Von Breisky e da sua mais recente noiva de 30. Igual a uma Elsa Raposo de há 10 anos. Igualmente cocainómana, alcoólica. Olhando para o Barão, que além de gordo e velho com dentes amarelos, tem a mania de olhar em duas direcções (nunca se sabe se ele está a olhar para as mamas dela, um olho para cada uma, ou se a galar o rabo da outra), o homem cheira a MOFO. MOFO! E não é da roupa, meus caros. É mesmo dele, da pele, do cabelo, da respiração, do hálito, de todos os poros. E isto, nem com os melhores perfumes vai lá!

Por estas e por outras

Pausa para café antes do voto. Eram já 12h30 e ainda não tinha bebido o primeiro café, aquele que faz tudo começar a funcionar. Ao meu lado, no balcão, uma senhora conversa com outra. "Então, D. Fernanda, já foi votar?", "Votar? Eu não, eu quero lá saber dessas coisas. Tenho mais com que me chatear. E já devia estar em casa, que o homem estálá à espera do almoço". "Mas olhe que devia, somos mulheres e neste assunto, temos de votar". "E eu lá me importa! Já não tenho idade para isso, nem para os fazer nem para os desmanchar!"
Não consegui fingir que não as ouvia, nem deixar de as olhar fixamente. "Foda-se!"

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007

Alcoólica no trabalho

Admito que sou uma pessoa dedicada ao trabalho, demasiado, que gosto do que faço, apesar de reclamar (claro, olha quem) e de ter, por vezes, a vontade de mandar tudo para um determinado sítio. É sempre assim, quando quero muito mudar e depois consigo, passado um tempo, dou por mim a querer mais. Estou bem, mas acho que faz parte da natureza humana esta eterna insatisfação.
Continuando...
Sempre trabalhei em locais onde a palavra "horário", principalmente, o de saída, é um pormenor sem importância. Confesso que não me chateia. Habituei-me a trabalhar até tarde, a não deixar para nada para o dia seguinte. E sempre, mas sempre, levei trabalho para casa. Os problemas do trabalho vão comigo, já os de casa, ficam em sede própria.
Nestes últimos meses, a minha vida tem girado à volta disto. Trabalho, trabalho, trabalho... Vou para casa a pensar no trabalho, em casa falo de trabalho, deito-me a pensar no que tenho para fazer no dia seguinte. Até coloco o alarme no telemóvel para não me esquecer de nada. Não me estou a queixar, gosto deste stress. Desgasta, é certo, mas sabe bem. A semana de trabalho tem 6 dias.
Claro que a vida pessoal é a que sai sempre a perder. Num destes dias, garanti que chegaria cedo a casa para jantar (o que acontece uma (?) vez durante a semana), já que nos dias seguintes o serão estava garantido. Mais uma vez, tive que ficar até mais tarde. Como o rapaz se levanta cedo, deita-se mais cedo. Quando cheguei, só o Bono é que estava à minha espera. Na bancada da cozinha, a mesa estava posta, para um... O jantar pronto, que não consegui comer àquela hora. Ao lado, a revista aberta num artigo sobre Workaholism, os sintomas, os problemas que traz, e as soluções. Um recado: "Só para que tenhas conhecimento. Janta com o workaholism e aproveita para dormir com ele. Beijo".

Está dado o recado. Mas sabes, como sempre soubeste, com o que contas. Beijo...

Nota de rodapé

(1) Desde que anunciei a existência deste blogue, alguns amigos confessaram-me que gostariam de ter a coragem de expor pensamentos, sentimentos e outras coisas num sítio público, para outros lerem. Quero dizer-vos que, quando escrevo, não penso nas pessoas que vão ler, mas sim na necessidade de escrever. O blogue, apesar de acessível a qualquer um, é sempre pessoal.

(2) Há postes que escrevo que não correspondem a factos reais enm tão pouco são dedicados a alguém em especial.

E agora, adiante!

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2007

Comentário enviado às 10h30 de hoje para a plataforma "Não Obrigada"

"Tenho, para mim, que a campanha da plataforma "Não Obrigada", excedeu todos os limites do razoável e do aceitável, se é que se pode considerar desta forma qualquer um dos vossos argumentos. São ridículos, desvirtuam o cerne da questão, fazem comparações desprezíveis, procuram fazer com que uma mulher se sinta o pior ser humano do mundo, apelam à beatice. Voto Sim! Há 8 anos, teria votado Sim. Mesmo para quem ainda não decidiu o seu voto, os vossos argumentos não têm essa capacidade de apelar ao voto Não. "Como é possível abortar sabendo que já bate um coração?", "Financiar com dinheiros públicos clínicas da morte"... Mas o que é isto? Fazem-nos de estúpidos insensíveis sem consciência? Eu gostava que cada mulher que defende o Não, que cada mulher que integra o vosso movimento, defendesse cada letra destes argumentos ao saber que estava grávida resultado de uma violação por um desconhecido, do abuso do pai, do padrasto, do irmão, que o feto crescia malformado, sem um braço, sem uma perna. Eu gostava de ver esses homens defensores do Não, apoiar a amante quando esta lhes diz que está grávida, apoiar a amiga da filha que ficou grávida... Os outdoors metem nojo, os vossos debates metem nojo, cada palavra que proferem mete nojo. E a vossa mais recente estratégia é duplamente nojenta. Como se atrevem a escrever nas escadas do metro e na calçada "Cuidado, não me pises, eu só tenho 10 semanas", com um feto pintado no chão? Há que respeitar quem não tem a mesma posição que nós, mas vocês merecem todo o meu desrespeito, toda a minha intolerância, desprezo e nojo. "

sábado, 3 de fevereiro de 2007

Terapia da música

Saí de casa à pressa, ainda com algumas horas de sono em falta para recuperar do dia anterior, que começou às 4h da manhã. Saí sem vontade de nada, muito menos de falar com pessoas, de dar explicações a quem não sabe ouvir. A minha cabeça estava a mil à hora. Não me conseguia (e ainda não consigo) desligar, não conseguia pensar em mais nada. Um pouco antes de chegar às portagens, ligo a Radar, porque só a partir dali consigo apanhar a frequência. O alinhamento parecia ter sido escolhido de propósito só para mim. Antony em dueto com Boy George, Sigur Rós, Arcade Fire, Kings of Convenience, Nouvelle Vague, K'os, Bloc Party, Damien Rice. Ok, acho que já percebi. Tens que ter calma (olha quem), não há mais nada que possas fazer (tem de haver mas não consigo raciocinar a 100%). Tudo se resolverá (mas foi uma bomba do caraças)... Estou com aquela sensação de que isto ainda vai piorar...

(Be cool and listen to the music!)