segunda-feira, 31 de março de 2008

quinta-feira, 27 de março de 2008

Oncinha!!!

Por mais modas que passem, não consigo perceber como é que o padrão leopardo, vulgarizado "tigress", continua, estação após estação, a estar nos fashion-hits. Aquilo é poluição visual!

segunda-feira, 24 de março de 2008

Velha infância

Gosto de ler o Expresso ou qualquer outro objecto de leitura ao domingo de manhã, até passar da hora de almoço, sentada na cadeira com o sol a bater de chapa na cara. Não fosse o vento e este teria sido O momento do meu fim-de-semana pascal. Fiz uma pausa na leitura e debrucei-me no muro a contemplar (sim, a contemplar) o quintal hortícola do vizinho do lado. Por entre aquelas hortaliças já um bocado amareladas, houve uma coisa que me chamou a atenção. Brilhozinho nos olhos... AZEDAS!!!! Voltei 18 anos no tempo, àquelas tardes de verão e aos fins-de-semana de sol passados no Maria Lamas, o parque. Tardes em que andava com a minha bicicleta amarela, muito diferente das bicicletas de menina com cestinho à frente que as minhas amigas tinham. Não. Eu gostava era de andar com os rapazes, porque eram mais divertidos. Destas companhias resultaram muitos joelhos esfolados, cotovelos em sangue das manobras de skate, biqueira dos ténis desgastada de jogar à bola. Era uma espécie de Maria Rapaz que queria fazer tudo o que os rapazes faziam. De tal forma que ainda hoje tenho a marca nos joelhos de um salto mortal que tentei imitar. Correu mal. Era suposto suportar a queda com os pés mas aqui a Espalha esqueceu-se desse pormenor e caiu de joelhos na gravilha. Lá ia eu, a conter as lágrimas até chegar a casa, mostrava à minha mãe e era um choradeira seguida, desde o sermão "O que é que andaste a fazer?" até ao ardor da água oxigenada. Esta aventura marcou-me a pele.
Outras tardes incluíam apanhar azedas no terreno do lar das antigas meninas de Odivelas. Não que fossem mais saborosas que as outras, talvez lhes faltasse a urina dos cães. Mas davam mais luta. Tinhamos de entrar para dentro de um pequeno varandim em pedra, saltar para o chão, a uma distância ainda considerável, apanhar o máximo de azedas que as nossas mãos e bolsos podiam carregar, correr o mais depressa possível para as velhotas não darem o alarme e voltar a subir ao varandim, com a ajuda dos amigos. Havia sempre alguém que ficava, literalmente, pendurado, à mercê das velhotas, enquanto os outros se deliciavam com as azedas, à sombra da árvore. Belos tempos, hein?
Tudo isto passou pela minha cabeça em segundos. E deu-me uma vontade tremenda de comer azedas. Do vizinho, claro. Desta vez, não tive de saltar nenhum muro nem entrar num varandim. Foi muito mais fácil. Menos luta, portanto. Ainda assim, as azedas ceifadas ao vizinho continuam a ser as mais saborosas de todas.

quinta-feira, 20 de março de 2008

À Bruta

Falo.
Ninguém me ouve.
Ouço.
Mas ninguém me entende.
Preciso deles.
Não querem saber.
Grito. Esfolo. Esmurro.
Fogem. Esquecem-se de mim.
Corro. Levo tudo à frente.
Chove. A vida é triste.
Quero mais.
Ira. Luxúria. Preguiça.
Preto. Tudo preto com pinceladas de prata.
Lua cheia.
Uivo. Choro. Sorrio.
Amo-o.
Odeio-os. A todos os outros. Todos.
Ela passa-me pelas mãos como areia. A vida. Minha.
E se um dia eu não travar?

NO PHOTO!

terça-feira, 18 de março de 2008

Hello, baby!

Há pequenas coisas neste mundo que me causam uma sensação quase orgásmica, que me fazem soltar um prolongado "ahhhhhh" e sorrir de orelha a orelha. Coisas simples. Como o facto de conseguir vestir as mesmas calças ao fim de 10 anos. Ahhhhhhhhhh!

domingo, 16 de março de 2008

Amanhã, é segunda-feira

O fim-de-semana até pode ter corrido mais ou menos. Sem chuva, sol, calorzinho, o Bono não fez estragos no jardim, aniversário da mamãe e da Kitty (atenção, isto não é nenhuma alusão à gata mais irritante do planeta), pequena reunião familiar, uma visita rápida a uns amigos. No entanto, basta uma simples afirmação como esta para nos arruinar o resto do dia, da semana, dos meses, dos anos seguintes. "Estás mais gordinha" e o mundo cai-nos em cima da cabeça, logo seguida de uma nada apaziguadora "mas fica-te bem, estás com um ar mais saudável". P*** que os pariu!! Caguem um pé!!! Que vos apareçam furúnculos na ponta da p*** e na borda da c***. Chiça!!


sexta-feira, 14 de março de 2008

Always the piano...

Patrick Watson. Aula Magna. Muito bom. Lavou-me a alma.
Conseguem imaginar este senhor a tocar piano desta maneira? Se não o tivesse visto e ouvido ao vivo, não daria nada por ele. Cá fora, ainda houve tempo para um: "Hi Patrick. Can you give an autograph? Thanks. It was a great concert. I mean it!"



I do want a luscious life too.
First, I'll have my great escape and get away from the storm.
And some day, I'll be close to paradise. It will be just me, the fish and the sea.

quinta-feira, 13 de março de 2008

Bastards!!!!!

Agora que consegui recuperar do choque, posso escrever sobre o assunto. Não, não vai ser um post sobre o concerto de Caribou, ontem. Bom para quem tem ouvidinhos sensíveis e gosta de "sound makers" e não apenas de "song writers". Grandes duetos nas baterias (2), pena que estas abafassem as guitarras, o baixo, e a voz delicada de Daniel Snaith. Problema do Santiago Alquimista, não de Caribou.
Voltando ao início...
O Vaticano decidiu abanar as coisas e adicionou seis aos sete pecados mortais originais. Quando li a lista, primeiro ri até me doer a ponta do dedo grande do pé. Depois fiquei com uma paralesia facial, tal a minha ausência de expressão. E depois, fiquei fula da vida com aqueles cabrões. Acho até que me cresceu um cabelo branco nesse preciso momento.
Analisemos (gosto de usar a primeira pessoa do plural para criar uma relação mais íntima convosco, meus dados e acarinhados leitores), portanto, a dita cuja:
- Pedofilia: AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH. Sendo este um pecado mortal, temo que a Igreja Católica fique sem 73,6% dos padres, bispos e arcebispos. Os restantes 26,4% são mais espertos e comem as freiras.
- Aborto: A velha questão. Condenemos à morte todas as mulheres que o pratiquem. Louvemos as que têm filhos e os abandonam no mato à morte, as que têm filhos que com dois anos de vida são entregues a assistentes sociais por maus tratos, e as que os matam de porrada já fora da barriga. Alguém me explica a diferença? É que eu não consigo perceber. MESMO.
- Manipulação genética: clonagem e afins. Eu cá até acho que este Papa já encomendou um clone dele.
- Tráfico de droga: caríssimos, se fumassem uma ganza de vez em quando ou dessem uns risquinhos de branca, tenho a certeza que ficariam muito mais perto do Senhor.
- Riqueza desmesurada: a todos os que já ganharam o primeiro prémio do Euromilhões, os meus pêsames... Estão todos condenados.
- Poluição ambiental: a vossa corja com essas batinas é um verdadeiro atentado ao ambiente e à poluição visual.
Eu, que já me tinha assumido como seguidora dos sete pecados mortais, vou continuar com mais um ou outro destes novos.


terça-feira, 11 de março de 2008

Uwáti???

- Quem é esse Tiago Alpinista que está sempre com músicos?
- Quem?
- Esse nome que eles dizem na rádio...
- Ah... Wiwi, é Santiago Alquimista e não é uma pessoa, é um local onde se realizam os concertos.
- Aqueles onde tu vais à borla?
- Yep!

segunda-feira, 10 de março de 2008

Isto há coisas...

... que me fazem uma certa espécie. Como ter a tal pedrinha no sapato ou sentir que a tanguinha não está no sítio certo.
- Por que é que os funcionários públicos têm panca por carimbos? Já repararam que eles carimbam os documentos com tal convicção, que as mesas e balcões até abanam? E esboçam um sorrisinho do estilo: "toma lá que já levaste com ele!
- O que é que leva uma senhora a escolher como leitura no metro o Manual de Instruções de um frigorífico?
- Eu sei que alguns homens acham abichanado usar bolsas, mas eu prefiro isso a ver aqueles inchaços nos bolsos da frente (carteira, telemóvel e chaves)... É que não os favorece!


domingo, 9 de março de 2008

Please... could someone kill Hello Kitty?

É que já não há pachorra! Automóveis, torradeiras, sofás, puffs, telemóveis, colecção de roupa, biquinis, malas, sapatos, lingerie, ganchos, canetas, blocos... É uma lista sem fim, todas as gajas usam ou têm qualquer coisa da Hello Kitty. Nunca tive nem vou ter. ENJOEI!!!!!

Só uma nota: deve ser hiper-mega-ri-sexy para um gajo ver a mulher (ou uma mulher) com lingerie da gatinha. Ui!


quinta-feira, 6 de março de 2008

Estou velha!

Ia mesmo agora escrever um post sobre uma coisa qualquer e de repente... Puff!!! Isto deve ser sintoma de alguma coisa, não?

quarta-feira, 5 de março de 2008

Calma aí com a histeria!!!

As novas coqueluches da música cool vêm a Portugal no dia 26 de Março, Aula Magna. Chamam-se Shout Out Louds e foram catapultados para a categoria "está na moda ouvir e eles são muita bons, mesmo que eu nunca tenha ouvido nada destes gajos", pela Optimus. Aliás, várias bandas conheceram sucesso através dos advertisings (podia dizer em português, mas apetece-me ser fancy) da Optimus e da Vodafone. Block Party e Peter, Björn and John são os que me vêm rapidamente à cabeça. Eu só digo isto. Antes de "Tonight I Have to Leave It", os Shout Out Louds têm mais umas coisinhas que convém ouvir... Isto é só uma amostra.

Vá, mais uma.

São bons, mas não são aquilo tudo. Mas são bons. E ouvem-se bem.

segunda-feira, 3 de março de 2008

Juno

Foi o meu filme de sábado à noite. O argumento é leve, ideal para descontrair ao fim-de-semana. O que se pretendia, portanto. A novata, que ganhou a estatueta para Melhor Argumento Original, conseguiu a proeza de transformar a gravidez de uma adolescente numa espécie de comédia. Uma odisseia acompanhada de uma banda sonora inspiradora. O argumento em si não é nada de extraordinário, mas ganha com o desempenho de Ellen Page, no papel de Juno, grávida aos 16 anos, e do freak lá da escola, Paul Bleeker, de fraca figura, por quem ela se apaixona. Já para não falar do pai de Juno, um pai com um sentido de humor que todos gostaríamos de ter. Poderia ser uma história comum, não fosse a ideia de dar a criança para adopção a um casal escolhido a dedo. Um pequeno reparo. Jovens deste Portugal, não fiquem com ideias de seguir este exemplo. Mais depressa têm a criança (ou não) do que alguém a adopta.
Descontraída, Juno encontra no futuro pai adoptivo (que afinal não vai ser) uma espécie de "guru" da música, com quem partilha uma série de afinidades musicais e descobre outras tantas. Pensei até que se apaixonassem. Afinal, que melhor motivo para uma paixão se não a própria paixão partilhada pela música? Não se concretizou. Ainda bem, seria demasiado previsível. Assim como seria previsível se Juno decidisse ficar com a criança.
Quero eu com isto dizer que Juno vale a pena ver, aliás, ouvir, pela BSO, com nomes como The Velvet Underground, Cat Power, Belle & Sebastian, e a própria Ellen Page e o seu Paul Bleeker (não me lembro do nome do rapaz e agora não me apetece interromper a escrita para pesquisar na net).
Vale também a pena por estas "tiradas" magníficas (não transcritas tal e qual mas muito parecidas com o original):
- Porque é que perguntam se somos sexualmente activa? Isso quer dizer o quê? Que depois carregam num botão para nos desactivarmos?
- A pessoa que amas vai achar que tudo em ti é bonito. Até achar que tudo o que sai do teu cu é um raio de Sol a brilhar.

Indústria farmacêutica+médicos= Seita do caraças!!!!

O ritual é simples. Dói-me a cabeça. Comprimido cor-de-rosa não sei quantos. Não passa. Tomo mais um. Dói-me o estômago, porque abusei na dose dos comprimidos. Tomo um branco pequenino não sei das quantas. À noite, e para conseguir alienar-me de uma série de coisas e tentar dormir uma noite descansada (o que é raro), tomo mais um, cor-de-rosa claro, não sei quantos.
Bom, isto não é sistema. Penso. Vou ao médico para tentar resolver isto. Talvez me possa dar um comprimido 1000 em 1, que me resolva tudo de uma só vez.
Médico: E que tal fazer uma profilaxia (o que quer dizer, tomar durante 6 meses, quiça, eternamente, um comprimido só para as enxaquecas)?
Eu: Pode ser.
Médico: E mais um para dormir bem, essencial no seu estado.
Eu: Ok...
Médico: No seu caso, não vejo problema mas é capaz de engordar mais dois quilos.
Eu: O quê? Não quero.
Médico: Tem de ser.
Eu: Não quero.
Médico: Mas tem de ser.
Eu: Ok. Deixo de comer, então (simples...). Comprimidos e água. Sim, que o tempo do "a pão e água" já deixou de ser expressão de pobreza, ao preço que o pão está!
Médico: Faça isto durante 6 meses e depois volte. Vai ver que melhora.

Sinto-me defraudada. Em vez de 3472358 comprimidos diferentes, vou tomar dois até ao fim dos meus dias. É a mesma coisa, mas mantenho-me fiel àqueles dois. Fiel até à morte!