terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Hoje foi o dia...

... em que me questionei sobre o porquê de ter um blogue. E cheguei a várias conclusões.
Comecei por brincadeira, curiosidade em construir um fio nesta gigantesca rede mundial. Apetecia-me escrever. Para ninguém, o que é um curioso caso, já que estava a divulgar os meus textos na net. Podia não o ter feito e continuar com o habitual caderno de notas. Surgiu tudo em catadupa, pensar, dar um nome, procurar uma imagem e começar a escrever. Dois anos e tal depois, a Espalha Brasas (baptizada pelo meu irmão) continua a servir copos de ginja. Para quem? Acho que todas as pessoas com blogues querem mostrar aos amigos, familiares, conhecidos e até anónimos que têm um. Para quê? Por vaidade. Porque gostam de ver comments, principalmente, aqueles que nos incham o ego. Porque gostam que, a meio de uma conversa, alguém atire com um "li o teu post". Porque gostam de, ao comentar noutros, deixar lá o link para o blogue. Ou então, porque ali podem ser uma pessoa diferente, melhor, pior, mas diferente.

E isto leva-me onde? A estar farta de ler blogues dos outros, ver os comentários e descobrir, com isso, outros blogues e acrescentos.

Gosto de beber a minha ginjinha e apanhar grandes bebedeiras. Aqui. Sozinha.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Haja saúde e amor...

... e é tudo o que os portugueses precisam para serem felizes. Eu sou mais requintada e é nos preciosismos da vida que vou buscar instantes de felicidade. Porque não acredito num estado permanente de felicidade.
O sorriso da Kitty quando me vê, o abracinho que me dá.
O pedido de mimos do Bono.
O momento em que oiço o carro dele chegar.
O entusiasmo com que me fala das poupanças inovadoras.
O olhar terno com que a mãe me olha quando me vê com uma roupa mais esquisita.
As sms que a mana do meio me envia só para saber se estou bem.
As minhas incursões pela culinária com cortes de faca pelo meio mas que, no final, resultam tão bem.
Saborear o belo do tinto num jantar de amigos.
Sorrir quando me olho ao espelho.
Abrir presentes fora de horas.
Receber música, muita música. E da boa.
Falar com os amigos nos chats.

Sei lá...

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Calçada relaxada

O aniversário da noiva foi o pretexto para mais um jantar com a Malta do Bairro. Destaco a Malta do Bairro com caixa alta (maiúsculas) porque os seus membros são grandes. E estão cá dentro (do meu coração, claro). E sendo um jantar da Malta do Bairro, que gosta de se divertir, ir a sítios giros e conhecer restaurantes novos e diferentes, fomos, claro está, ao chinês de sempre, que nos acolhe desde os 16 anos. Não é por nada, só porque gostamos de manter bem viva a tradição. E a malta é pobre...
Invariavelmente, ocorre nos jantares da Malta do Bairro, uma viagem ao nosso passado. E porquê, pergunta-me o Garcia, o noivo. Porque a Malta do Bairro tem um passado comum que cresce à medida que o nosso presente se cruza e, consequentemente, faz do nosso futuro, um projecto de grupo.
Das várias lembranças, a da praxe é, para além das inúmeras estórias da Ritinha que preenchem quase sempre todos os jantares, mais as aventuras quase homossexuais do Mitras e do Carita, a minha com a célebre deixa: "Não consigo parar de rir!!!", que representa a primeira incursão no mundo das drogas leves. Podia contar aqui toda a história por detrás desta frase, mas deixo para alguém da Malta do Bairro, que tenha a coragem de a publicar aqui.

Aguardo.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Ensaio Sobre a Cegueira

Dizem as teorias e os experts que as elaboram que, em tempos de crise, aumenta a taxa de casamentos. Porquê? É a teoria do caos. Acontecimentos negativos tendem a provocar reacções inesperadas e, por vezes, contraditórias. Basicamente, se não há dinheiro, se as empresas fecham em catadupa, se os bancos e até países abrem falência, se o país está em recessão técnica, então, casamo-nos. Parece contraditório? E é. Casar implica gastar muito dinheiro, isto, claro, para quem é burrinho ou não frequentou o curso de finanças para casais. Não vou explicar esta parte. Voltando ao assunto... As pessoas procuram afectos, querem miminhos para superar a crise e... decidem casar. Por mim, tudo bem. Agora, não me imponham o casamento como o único passo possível para uma relação de vários anos. Tampouco me atirem à cara o argumento de que, se o amor é verdadeiro, então deverá ser celebrado com o casamento. Não, digam antes que acreditam no casamento enquanto instituição religiosa, que o querem fazer de livre e espontânea vontade, que querem dar uma festa para os amigos e fazer a vontade aos pais, que querem receber dinheiro dos convidados, que assim têm uma desculpa para ir a uma casa de strippers, que ela está grávida, ou até, que querem ter benefícios fiscais... enfim... há inúmeros motivos que não a cretinice já referida. Parece que voltámos ao antigamente. As uniões de facto são, agora e outra vez, coisa do Diabo.
Isto deixa-me (acreditem) com os pelitos da nuca em pé, com pele de galinha e com vontade de arrancar os olhos à garfada destas tristes figuras. "Se não te queres casar, é porque essa relação não vai durar" ou "Esse amor não é verdadeiro" ou "Não acreditas na relação e não é com ele que vais casar". Perante isto, têm vontade de quê?

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Tia babada: O que queres mostrar à tia? (respondendo ao puxar da mão e ao caminhar para junto da janela)
Petiz de 14 meses com os olhos mais bonitos do mundo: Hã Hã...
Tia babada: A tia assim não percebe, fala com a tia.
Petiz de 14 meses a começar a ficar cansada da tia: Óoooo... (desilusão à janela)
Tia babada: Já não há Natal, é? (para aquela criança, o Natal era as luzes à janela dos prédios em frente). Chama o Natal, chama.
Petiz de 14 meses: An cá, cá.
Tia babada: Ó, não há Natal. Porquê?
Petiz de 14 meses: Purquê?
Tia babada e de olhos esbugalhados: Hein? Não há Natal o quê?
Petiz de 14 meses com os olhos bem abertos: An cá, purquê?
Tia babada a tentar aproveitar este momento papagaio: Diz tia, diz T-I-A.
Petiz de 14 meses: Hãaaa, hãaaaaa.
Tia babada: Não é hã, é tia.
Petiz de 14 meses: Purquê?

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Dia 5 do mês um

Se é assim, começa bem. Pelos vistos, já estamos em 2009. Pois, pois... Ano novo, vida nova, resoluções e boas intenções... Claro. Somos todos hipócritas, assumamos isso. O novo ano chegou e eu não dei por nada. Tirando os saldos e uns quantos aniversários, nada me faz lembrar que mudámos de calendário.
Posto isto, não sei o que esperar... Já dizia a minha querida Lili: "é melhor não fazer planos e ser surpreendida".