sexta-feira, 1 de dezembro de 2006

Ode aos amigos

Diz-se que uma das coisas que se ganha com a idade é a paciência. À medida que os anos avançam, passamos a ter uma outra maneira de encarar a vida e os problemas. Analisamos de uma forma mais ponderada, sem o excesso de velocidade da juventude e sem o viver como se não houvesse amanhã. Chamam-lhe a isto crescer, ganhar juízo. Crescer, não envelhecer. Pois a mim, acontece-me exactamente o contrário. Por cada ano a mais, menos paciência tenho. Não quero perder tempo (aliás, não tenho tempo para desperdiçar). Isto sim, ganhei com os anos, a dar mais valor ao meu tempo. Não me apetece dar-me com pessoas só porque tem de ser, porque fica bem, porque a sociedade nos impõe as relações de conveniência. Não quero perder tempo com aqueles que se dizem meus amigos. Não me incomoda ser passada para trás, se o que passou à frente não tinha o grande A. Os meus verdadeiros amigos, esses, sabem o que quer dizer "corrimão", recordam como se fosse hoje o "não consigo parar de rir", e sorriem quando os cumprimento com um genuíno e sincero"0wá". São os que querem saber se estamos bem, e não ligam apenas quando sabem que estamos mal. São os que telefonam a meio do dia, levam com o meu mau humor e continuam a telefonar nos dias seguintes. Para eles, dou-lhes toda a minha paciência, porque sei que a recebo igual ou mesmo em dobro. A eles, dedico-lhes todo o meu tempo, porque nunca será um desperdício. A eles...

4 comentários:

Anónimo disse...

Early middle-age crisis?

zez disse...

Eu gosto MUUUUUUUUUUUUUITO da Espalha! Não há como não gostar da Espalha!

Anónimo disse...

Freaky, acho que é isso mesmo!
Zez, eu também gosto muito de ti.

Boris disse...

Owá!

Não te consegues parar de rir?!

Estou um pouco confuso...