terça-feira, 12 de dezembro de 2006

Futebol à grande e à portuguesa

O assunto do momento é, sem dúvida, o livro de Carolina Salgado, a terceira ex-Pinto da Costa, que não perdeu tempo e, depois de andar com a boca em muitos sítios, decidiu fazer o que se diz "pôr a boca no trombone". Melhor altura para o fazer não havia. O Apito Dourado está em águas de bacalhau. José Veiga está indiciado na transferência do João Pinto para o Sporting. Luís Filipe Vieira metido em mais uma embrulhada por causa do Mantorras. O presidente do Académica também anda com a corda ao pescoço. Nada de novo ou de excitante, como diria alguém que eu conheço. Até que uma "ex-menina de alterne que afinal não era e apenas trabalhava num bar e era até muito tímida e que apenas queria descobrir o amor", decidiu fazer dinheiro fácil, mais fácil do que dar o golpe do baú - lançar um livro, onde se pode ficar a saber que a primeira coisa que Carolina disse a Pinto da Costa foi "Vamos jantar ao Rabo de Boi, um restaurante que fica no Cú da Vaca". Não sei se as duas idas do presidente do FCP ao hospital por causa do Viagra (história contada por duas grandes conhecedoras do futebol português, contada à mesa de um restaurante típico na Madragoa, acompanhada por várias garrafas de Monte Velho) também estão documentadas nestas páginas, mas se não, então, é uma grande falha. Tenho que lhe tirar o chapéu. Foi uma brilhante estratégia de marketing. E ainda por cima, conseguiu passar de puta a coitadinha, enganada por um dos maiores, ou mesmo o maior, mafioso de Portugal. Mais. Ela conseguiu tornar-se a chave-mestra do processo Apito Dourado, que corria o sério risco de prescrever, como tantos outros. A esta altura está o Santana Lopes a roer as unhas de inveja, ele que tinha a certeza de ter conseguido a galinha dos ovos de ouro com o seu livro polémico. Ora aqui fica uma grande lição para quem queira lança um livro de futuro. Ou tem pormenores sexuais sobre a vida de alguém ou então não vende. Se Santana tivesse escrito sobre as suas aventuras pela night lisboeta ou até, pormenores sórdidos sobre a sua vida sexual com a tia Cinha, então a conversa era outra.

Já agora, morreu Augusto Pinochet. Li num quadradinho de um jornal. E acho que deu também nos últimos 30 segundos do jornal da noite. Mas acho que isso agora não interessa nada.

2 comentários:

Anónimo disse...

A história do Viagra é a sério?

Anónimo disse...

Yep!!