A chegada dos 30 na vida de uma mulher assemelha-se à
sensação de fazer 18 anos. Há uma expectativa de igual dimensão, uma excitação
que só se explica quando lá se chega. Mesmo que as expectativas e os objetivos sejam
bastante diferentes aos 18 e aos 30.
Mas a sensação é mesmo esta. É o atingir da maioridade, que
aos 18 nos traz a liberdade (ou pelo menos, a ideia de a termos) de sairmos até
às horas que quisermos, de tirarmos a carta de condução, de entrar em sítios
até então vedados, a entrada na faculdade, de sermos adultas perante a
sociedade e olharmos para os nossos pais com aquela cara de “agora já tenho 18
anos e não podem obrigar-me”.
Os 30 trazem uma outra maioridade e maturidade. Emocional,
física, sexual… Os objetivos são outros. Em vez da entrada na faculdade, aos 30
pensamos no sucesso profissional. Pensamos num futuro a dois… No desejo de ser
mãe, de construir a nossa família. E olhamos para nós de forma diferente. Não,
os 30 não assustam… A não ser que temamos toda uma imensidão de coisas novas e
sensações diferentes que aqueles, seguramente, nos oferecem. Achar que os 30
não trazem nada de novo, ou achar que já pesam na idade, é errado. Imensamente
errado.
Os 30 na vida de uma mulher são um admirável mundo novo. O
nosso corpo reage de forma diferente ao toque. A pele ganha outro brilho. E o
melhor de tudo, ganhamos uma confiança em nós que não sabemos de onde veio.
Deixamos (ou pelo menos, começamos a fazê-lo com menor frequência) de pensar no
que os outros pensam sobre nós. Cagamos para isso (a frase é mesmo esta). Vivemos
mais descomplexadas.
Os 30, e toda a década que se segue, valem a pena ser
vividos com intensidade. Quer seja a dois, a três ou mesmo sozinha.
Por isso, digo-te. Se achas que já fizeste tudo aos 20… se
estás deprimida com a chegada dos 30… Chill
out. Os 30 começam agora e as coisas não mudam de um dia para o outro. Para
já, ainda estás de ressaca da década anterior.
Espero, também, que deixes de ser chata… é que uma chata de
30 é pior que uma de 20!
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