E tivemos. Por pouco, ficávamos todos agarrados ao pau, do chupa-chupa, claro. Sharin Foo entrou e explicou que o companheiro, Sune Rose Wagner, estava sem voz e, por isso, não conseguia cantar. Teria de ser ela a fazê-lo sozinha. Pediu desculpa por isso. Ninguém se importou. Perante aquela cara redonda, pele branca de faces rosadas, olhos pintados de preto e cabelo louro platinado, vestido preto com lantejoulas e transparências, estilo cabaret, ninguém virou costas. De guitarra em riste, ela e Sune Rose levaram-nos ao rubro, ao constante bater de pé, ao abanar da cabeça, ao olhar fixo naquela figura feminina, aos ouvidos hipnotizados por aquela voz. Tem um ar frágil, ela, mas quando a vemos a pegar na guitarra com aquela garra, sabemos que está ali uma verdadeira mulher de palco. Eu sempre tive um grande fascínio por mulheres que sabem manejar uma guitarra. Ele, Sune, faz-me lembrar Brian Ferry mas em versão magra e sem rugas. Também ele estava de olhos pretos, com uns jeans skinny e botins bicudos. Falta o baterista. De barba ruiva comprida, boné preto, camisa, calças estilo clássico pretas, e botins bicudos, também. Assisti a tudo na varanda, de frente para a plateia mas com o trio virado de costas para mim.
Um encore para uma última música, não me lembro bem do nome.
Saí satisfeita com o meu candy e com esta love song.
Saí satisfeita com o meu candy e com esta love song.
Já agora, um pequeno grande reparo. Eles são os The Raveonettes e não os The Raveoheads...
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