sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

A primeira vez




Sempre a imaginei intocada. Com aquela pele alva cheia de sardas, imaculada, os caracóis ruivos que prende de vez em quando com um lápis. Pernas altas, ancas generosas, um mulherão... Para mim, sempre uma criança em corpo de mulher. Apesar da maquilhagem cheia de brilhantes, das roupas sofisticadas, aquele sorriso não engana ninguém. Tem voz de criança que cresceu depressa. Sim, tenho-lhe um afecto quase maternal e um instinto protector.
De tal forma que me é tão difícil imaginá-la a ter aquele momento. Aquele porque todas as raparigas aspirantes a mulheres anseiam, aquele em que algumas se tornam mulheres, outras em mulheres frustadas e outras até que decidem ser lésbicas.
Imaginar as mãos daquele rapaz com pretensão de ser homem e aspirante a macho cobridor, percorrerem-lhe a pele macia e impoluta... Imaginar aquela boca a chupar-lhe os mamilos cor-de-rosa, aquelas mãos brutas a agarrarem-lhe os seios alvos. Será que a magoou? Cabrão... Puto insensível... Será que ela sentiu aquele arrepio na espinha e a tontura própria de quem não sabe bem o que é aquilo que está a experienciar?
A minha cabeça não consegue reproduzir a vagina dela, tão cor-de-rosa e pueril, a ser penetrada. Será que foi à bruta? E se ele não a olhou nos olhos no preciso momento em que a penetrou e rompeu o certificado de virgindade? E se ele não encostou a face dele à dela? Terá sangrado? Acho que sim. Sei que ela preparou o momento como qualquer adolescente que sonha com aquele dia. Acredito que terá feito a cama de lavado, com lençóis brancos, tal como ela. Aposto que passou pelo corpo aquele creme cheio de brilhantes.
Será que ele a soube despir? Ou na pressa dos seus 18 anos terá desapertado a braguilha, tirado o membro nervoso para fora, baixado as calças dela e desviado as cuecas, enfiando-o assim, de repente? Terá feito movimentos vagarosos, com tempo para ouvi-la gemer a cada estocada, contemplando a expressão dela? Espero que de prazer.
Sei, porém, que não foi neste momento que ela perdeu a virgindade. A virgindade perde-se a partir do momento em que fazemos amor sem pensar em mais nada, sem complexos, sem tabus. Até mesmo sem amor. Perde-se quando desfrutamos do sexo pelo sexo.
Poderá ter tido um minuto de espanto, um minuto daquele carrossel colorido, como as gomas que ela come. Mas o verdadeiro prazer ela não o terá em dez quecas de dois minutos cada. Daqui a uns anos, ela vai querer mais e vai saber como o conseguir. Vai saber que três horas seguidas são bem melhores que 3o vezes 3 minutos. Espero que aprenda. Por ela, por ele e por todos os que poderão vir no futuro.


1 comentário:

Anónimo disse...

eiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii =D

amei =D
soubeste com estas palavrinhas todas por_me com um sorriso nos labios e corada (*'_'*) hihi...
nao me consegues imaginar nem eu minha princesa mas posso confessar que foi uma "coisa mesmo engraçada"
e o meu Ricardo FOI SUPER carinhoso e fez a lili sentir_se muito bem ...

AMEI O POST =')

AMU_TE MULHER DA MINHA VIDAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA =D