sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008
News - Agenda
Eu podia alimentar este blogue só com coisas deste género. Mas estes dois eu tenho de publicar:
22 de Julho - Kings of Convenience, Casa da Música, Porto
27 de Julho - Beirut, local a designar
Que belos presentes de aniversário!!!
22 de Julho - Kings of Convenience, Casa da Música, Porto
27 de Julho - Beirut, local a designar
Que belos presentes de aniversário!!!
terça-feira, 26 de fevereiro de 2008
Momento Musical da semana
Para quem já se esqueceu desta, aqui fica um update dos The Frames. Um cheirinho da banda sonora de "Once"... How often do you find the right person? Vale a pena visitar o site oficial.
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008
Carta em envelope roxo, tal como a fita que segura a chave do teu caixão
Foi um fim-de-semana cinzento, chato, monótono, melancólico, nostálgico. Damien Rice, "q", para condizer. O concerto dos Spoon foi um lusco-fusco de algum ânimo, depois, tudo na mesma.
Deitada no meu (novo) sofá, enrolada na manta, pensava em ti, avô, e nas saudades que tenho tuas. Lembro-me que não gostava quando a mãe dizia: "Este fim-de-semana vamos ver o avô." Tinha medo daquela casa. E continuo a ter, de uma outra forma, por sentir que falta ali a tua alma. Na altura, e por mais que a mãe insistisse, não querias água canalizada. "Para quê? Eu tomo banho ali no quintal, com água fria para ficar sempre rijo." Sempre o foste. O meu avô era o típico homem que gostava de beber a sua pinga, com moderação, de cantar o fado (e que bem ele cantava), de andar sempre bem arranjado e penteado, e de ter a esposa a cuidar da casa. Depois que ela se foi, desleixou-se. Com ele e com a casa. Do que eu mais gostava naquela casa era da barbearia. O avô Laranjo era o único barbeiro da aldeia. Ao sábado de manhã, logo às 8h, já tinha clientela. Adorava vê-lo a manejar a navalha (sem o sangue de Sweeney Todd...), conversar sobre a filha da ti Jaquina que tinha ido a Badajoz, fazer aquilo que toda a gente sabia e condenava. Uma pouca vergonha. Ou do João da Conceição, um malandro de tão preguiçoso que era, não trabalhava e só queria era copos e putas. Isto tudo, claro, ao som dos fados da Amália. Quando os clientes saíam, eu saltava para a cadeira de barbeiro e rodava, rodava, rodava... "Cuidado, gaiata, qualquer dia dás-me cabo das pernas, a mim ou a alguém que aqui passe." Era uma cadeira daquelas típicas de barbeiro, como poucos ainda têm, com o apoio dos pés em aço. Mortífero para quem ali passasse no preciso momento em que eu a girava. Gaiata, era assim que ele me tratava. Era tão bom ouvi-lo.
A mãe obrigava-me a ir com o avô ao café e às tascas, fazer-lhe companhia, passear com ele. Eu não gostava. Ele bebia um copo traçado (só mais tarde soube o que era aquilo) e conversa aqui e ali, já estava a cantar o fado. Cantava tão bem!! Eu escondia-me, para ver se ninguém reparava em mim... Só agora percebo o quanto eu ficava fascinada com o meu avô. Na altura, não sabia que poderia ficar sem ele. Mas fiquei. De um momento para o outro. Uma queda estúpida acamou-o, definhando-lhe o corpo numa cama de hospital. Ficou irreconhecível.
Aquela casa sem ele não faz sentido. Nem o banco do jardim. Nem a cadeira de barbeiro que, entretanto e sem eu saber, a minha mãe vendeu.
Tenho saudades...
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008
You want the candy
E tivemos. Por pouco, ficávamos todos agarrados ao pau, do chupa-chupa, claro. Sharin Foo entrou e explicou que o companheiro, Sune Rose Wagner, estava sem voz e, por isso, não conseguia cantar. Teria de ser ela a fazê-lo sozinha. Pediu desculpa por isso. Ninguém se importou. Perante aquela cara redonda, pele branca de faces rosadas, olhos pintados de preto e cabelo louro platinado, vestido preto com lantejoulas e transparências, estilo cabaret, ninguém virou costas. De guitarra em riste, ela e Sune Rose levaram-nos ao rubro, ao constante bater de pé, ao abanar da cabeça, ao olhar fixo naquela figura feminina, aos ouvidos hipnotizados por aquela voz. Tem um ar frágil, ela, mas quando a vemos a pegar na guitarra com aquela garra, sabemos que está ali uma verdadeira mulher de palco. Eu sempre tive um grande fascínio por mulheres que sabem manejar uma guitarra. Ele, Sune, faz-me lembrar Brian Ferry mas em versão magra e sem rugas. Também ele estava de olhos pretos, com uns jeans skinny e botins bicudos. Falta o baterista. De barba ruiva comprida, boné preto, camisa, calças estilo clássico pretas, e botins bicudos, também. Assisti a tudo na varanda, de frente para a plateia mas com o trio virado de costas para mim.
Um encore para uma última música, não me lembro bem do nome.
Saí satisfeita com o meu candy e com esta love song.
Saí satisfeita com o meu candy e com esta love song.
Já agora, um pequeno grande reparo. Eles são os The Raveonettes e não os The Raveoheads...
terça-feira, 19 de fevereiro de 2008
Agenda para o 1.º semestre do ano
20 de Fevereiro: The Raveonettes, Santiago Alquimista (à borla by Radar 97.8)
29 de Fevereiro: Lou Rhodes, Santiago Alquimista (€ 15... tentativa de ir à borla)
13 de Março: Patrick Watson, Aula Magna (€ 25 a € 30)
2 de Abril: Editors, Campo Pequenos (€ 22 e € 30)
12 de Abril: David Fonseca (ah pois é), Coliseu dos Recreios (€ 20)
21 de Abril: Nick Cave & The Bad Seeds, Coliseu dos Recreios (€ 30... nem vou dizer o preço dos camarotes)
29 de Abril: José Gonzalez, Aula Magna (€ 22 e € 30)
11 de Maio: The National, Aula Magna (não interessa o preço)
30 de Maio: Lenny Kravitz (ah pois é), Rock in Rio Lisboa (à borla)
11 de Junho: Leslie Feist
Façam as contas... Isto já para não contar com o Optimus Alive!!!!
29 de Fevereiro: Lou Rhodes, Santiago Alquimista (€ 15... tentativa de ir à borla)
13 de Março: Patrick Watson, Aula Magna (€ 25 a € 30)
2 de Abril: Editors, Campo Pequenos (€ 22 e € 30)
12 de Abril: David Fonseca (ah pois é), Coliseu dos Recreios (€ 20)
21 de Abril: Nick Cave & The Bad Seeds, Coliseu dos Recreios (€ 30... nem vou dizer o preço dos camarotes)
29 de Abril: José Gonzalez, Aula Magna (€ 22 e € 30)
11 de Maio: The National, Aula Magna (não interessa o preço)
30 de Maio: Lenny Kravitz (ah pois é), Rock in Rio Lisboa (à borla)
11 de Junho: Leslie Feist
Façam as contas... Isto já para não contar com o Optimus Alive!!!!
sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008
No one ever told me that I was gorgeous... in english
This guy looks like Colin Farrel but it's fare away more charming an good looking. He came in with his girlfriend, a hot girl but very barbie style... I usually don't like guys with that british accent but this one is different. God, he's hot!!!! Not very tall but very sexy, though. And so charming! I'm always nervous when I speak english and now my legs are shaking... I explain him the procedure, how to fill in the paper and then, he looks at me and says: "You have a pretty accent, you know? And you're gorgeous, too! Oh, you don't need to be flushed. Take it as a compliment... You are a perfect example of how portuguese women can be!"
I think I fall down the floor...
I think I fall down the floor...
A primeira vez
Sempre a imaginei intocada. Com aquela pele alva cheia de sardas, imaculada, os caracóis ruivos que prende de vez em quando com um lápis. Pernas altas, ancas generosas, um mulherão... Para mim, sempre uma criança em corpo de mulher. Apesar da maquilhagem cheia de brilhantes, das roupas sofisticadas, aquele sorriso não engana ninguém. Tem voz de criança que cresceu depressa. Sim, tenho-lhe um afecto quase maternal e um instinto protector.
De tal forma que me é tão difícil imaginá-la a ter aquele momento. Aquele porque todas as raparigas aspirantes a mulheres anseiam, aquele em que algumas se tornam mulheres, outras em mulheres frustadas e outras até que decidem ser lésbicas.
Imaginar as mãos daquele rapaz com pretensão de ser homem e aspirante a macho cobridor, percorrerem-lhe a pele macia e impoluta... Imaginar aquela boca a chupar-lhe os mamilos cor-de-rosa, aquelas mãos brutas a agarrarem-lhe os seios alvos. Será que a magoou? Cabrão... Puto insensível... Será que ela sentiu aquele arrepio na espinha e a tontura própria de quem não sabe bem o que é aquilo que está a experienciar?
A minha cabeça não consegue reproduzir a vagina dela, tão cor-de-rosa e pueril, a ser penetrada. Será que foi à bruta? E se ele não a olhou nos olhos no preciso momento em que a penetrou e rompeu o certificado de virgindade? E se ele não encostou a face dele à dela? Terá sangrado? Acho que sim. Sei que ela preparou o momento como qualquer adolescente que sonha com aquele dia. Acredito que terá feito a cama de lavado, com lençóis brancos, tal como ela. Aposto que passou pelo corpo aquele creme cheio de brilhantes.
Será que ele a soube despir? Ou na pressa dos seus 18 anos terá desapertado a braguilha, tirado o membro nervoso para fora, baixado as calças dela e desviado as cuecas, enfiando-o assim, de repente? Terá feito movimentos vagarosos, com tempo para ouvi-la gemer a cada estocada, contemplando a expressão dela? Espero que de prazer.
Sei, porém, que não foi neste momento que ela perdeu a virgindade. A virgindade perde-se a partir do momento em que fazemos amor sem pensar em mais nada, sem complexos, sem tabus. Até mesmo sem amor. Perde-se quando desfrutamos do sexo pelo sexo.
Poderá ter tido um minuto de espanto, um minuto daquele carrossel colorido, como as gomas que ela come. Mas o verdadeiro prazer ela não o terá em dez quecas de dois minutos cada. Daqui a uns anos, ela vai querer mais e vai saber como o conseguir. Vai saber que três horas seguidas são bem melhores que 3o vezes 3 minutos. Espero que aprenda. Por ela, por ele e por todos os que poderão vir no futuro.
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008
Eu pergunto
Por que é que os seguranças e porteiros dos prédios com elevadores têm a mania de cuscuvilhar o andar para onde vamos? Dá mesmo vontade de carregar em todos os botões e andar a brincar ali para cima e para baixo. Empatas!
terça-feira, 12 de fevereiro de 2008
Pedido
Bebé Wiwi: Tenho tantas saudades de ouvir as tuas musiquinhas... Põe lá!
Eu: Tenho umas coisas novas.
Bebé Wiwi: Daquelas calminhas, em que eu te imagino a conduzir...
Eu: Já sei, pela estrada fora com o pôr-do-sol...
Bebé Wiwi: Simmmmmm!
Eu: Então ouve lá estas...
Bebé Wiwi: Oh... estas fazem-me lembrar um prado verde, com um rio e tu a molhares os pézinhos...
Eu (sorriso em riste): Então e esta?
Bebé Wiwi: Ahhhhh, nesta imagino-te a dançar com uma saia rodada, comprida, e descalça, a rodares e rodares!
Eu (sorrio mais ainda): E esta...?
Bebé Wiwi: Nesta, vejo-te a fazer uma sessão fotográfica, nua, a preto e branco...
Eu: Tenho umas coisas novas.
Bebé Wiwi: Daquelas calminhas, em que eu te imagino a conduzir...
Eu: Já sei, pela estrada fora com o pôr-do-sol...
Bebé Wiwi: Simmmmmm!
Eu: Então ouve lá estas...
Bebé Wiwi: Oh... estas fazem-me lembrar um prado verde, com um rio e tu a molhares os pézinhos...
Eu (sorriso em riste): Então e esta?
Bebé Wiwi: Ahhhhh, nesta imagino-te a dançar com uma saia rodada, comprida, e descalça, a rodares e rodares!
Eu (sorrio mais ainda): E esta...?
Bebé Wiwi: Nesta, vejo-te a fazer uma sessão fotográfica, nua, a preto e branco...
segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008
Eu, pecadora, me confesso!
Se pensarmos nos Sete Pecados mortais, e não estou a falar do filme, chegamos à conclusão que já cometemos, pelo menos, um. Cometemos ou continuamos a cometer. Inveja, Ira, Vaidade, Preguiça, Gula, Avareza e Luxúria, qualquer um deles. No meu caso, confesso que tenho um grave problema de preguicite aguda que não tem fim à vista, que é como quem diz, "Sou tão, mas tão preguiçosa...". Mas, bolas, eu não tenho culpa. Que mal tem querer aproveitar estes dias de sol quentinho e ficar de papo para o ar na minha espreguiçadeira, a ouvir Radiohead e Beirut no mp3, sem pensar no que tenho em casa para fazer? Afinal, só tenho de aspirar os rolos e rolos de pêlo do cão, passar a ferro o equivalente ao Everest em roupa... Qual é o problema de ficar horas e horas deitadinha no sofá a fazer uma maratona de dvd's ou a ver a nova temporada de Prison Break, mesmo sabendo que tenho de passear o cão e que ele está com aquele ar de quem vai lá atrás fazer o que tem a fazer se não for imediatamente à rua? Que culpa tenho que o meu corpo não obedeça ao comando da minha mente, quando o despertador toca de manhã, e acabe por ficar na ronha pelo menos, durante uma meia horinha?
Não devo ir para o Inferno por causa disto...
Não devo ir para o Inferno por causa disto...
sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008
Detesto esperar!
Há poucas coisas tão irritantes como estar na fila de uma caixa mutlibanco e ver que a senhora velhota de óculos fundo de garrafa, puxa dos seus 4 cartões multibanco, tira o saldo a cada um e faz os pagamentos da água, luz, gás, TV Cabo e carrega o telemóvel, com toda a calma deste mundo. Como se de um momento de grande intimidade acontecesse entre ela e aquela caixa. Tudo isto enquanto as pessoas que estão na fila agonizam porque têm mais que fazer. Com a agravante daquela ser a ÚNICA caixa existente na rua.
Calma... Até porque hoje é sexta-feira...
Calma... Até porque hoje é sexta-feira...
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008
Basta!!!
O mês de Fevereiro é rico em dias inúteis, que a maioria das pessoas gosta de assinalar. Falo do Carnaval e, claro, do dia dos Namorados. Aquele dia em que somos praticamente obrigados a comprar um presente, a jantar fora num restaurante que tem tudo menos um clima romântico, porque está à pinha de casais, e dar uma queca. Eu estou farta!!! Basta!!! Basta de dias ridículos. Basta de dias programados para isto e para aquilo. Chega de restaurantes cheios e com filas intermináveis, arranjadinhos com florzecas e coraçõezinhos. Chega de sms que, de tão melosas, fazem disparar a minha glicémia. Chega de montras com peluches, postais, canecas, pijamas, tudo com corações e dedicatórias ridículas. Basta de amo-tes forçados e quase tirados a ferros. E principalmente, basta de quecas programadas. Eu quero ir jantar fora na noite que me apetecer, sem ter de enfrentar restaurantes arranjados só com mesas para dois e com música (pirosa) ao vivo. Quero dizer "amo-te" no dia e na hora em que me apetecer. Quero, se assim o quiser, mandar uma sms provocante ou deixar-lhe um bilhete de bom dia escondido na carteira, num dia qualquer. E quero dar uma trancada quando tiver vontade.