sexta-feira, 21 de setembro de 2007
Fobias, Medos, Atrofios & C.ª
A noite passada serviu para me dar certezas de uma coisa: os medos de infância continuam na idade adulta. Desde muito novinha que fechava os olhos com força quando via os relâmpagos e tremiam-me as pernas quando se seguiam as trovoadas. Chorava porque não queria ir para a escola. Sentava-me no sofá, tapava os ouvidos e encostava a cabeça nos joelhos. Normalmente, chovia logo a seguir, um dilúvio que deixava a estrada intransitável. Com o passar dos anos, a minha reacção à trovoada tornou-se mais tranquila. Tirando o fechar os olhos quando vejo um relâmpago, mesmo quando vou a conduzir (não aconselho). Ontem, voltei à infância. Mal começou a trovoada, fui deitar-me, encolhida, tapei-me até à cabeça e gelei. Voltei a sentir medo. Não consigo perceber aquelas pessoas que encaram uma noite como a de ontem apenas como um fenómeno normal da natureza. Não percebo, porque tenho medo. Bolas, um terramoto, um furacão também são fenómenos da natureza e não conheço ninguém que goste de assistir a isto! A mesma coisa com os bichinhos. Tenho fobia a coisas rastejantes, com muitas pernas ou com pele escamada. Ainda assim, as pessoas insistem em defender estes bichinhos como parte do ecosistema, e soltam daquelas frases típicas: "É a Natureza! Não fazem mal a ninguém." Tudo bem. Mas acham que dá para eles ficarem junto à Mãe-Natureza e eu na civilização? Obrigada!
2 comentários:
Ó Espalha!
Eu acho que os bichinhos até que nem se importavam nada de ficar na Mãe-Natureza. O problema é que a civilização, cada vez mais, tem vindo a invadir o espaço deles...
Ó Carla,
Não me contraries!!
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