Dizem as teorias e os experts que as elaboram que, em tempos de crise, aumenta a taxa de casamentos. Porquê? É a teoria do caos. Acontecimentos negativos tendem a provocar reacções inesperadas e, por vezes, contraditórias. Basicamente, se não há dinheiro, se as empresas fecham em catadupa, se os bancos e até países abrem falência, se o país está em recessão técnica, então, casamo-nos. Parece contraditório? E é. Casar implica gastar muito dinheiro, isto, claro, para quem é burrinho ou não frequentou o curso de finanças para casais. Não vou explicar esta parte. Voltando ao assunto... As pessoas procuram afectos, querem miminhos para superar a crise e... decidem casar. Por mim, tudo bem. Agora, não me imponham o casamento como o único passo possível para uma relação de vários anos. Tampouco me atirem à cara o argumento de que, se o amor é verdadeiro, então deverá ser celebrado com o casamento. Não, digam antes que acreditam no casamento enquanto instituição religiosa, que o querem fazer de livre e espontânea vontade, que querem dar uma festa para os amigos e fazer a vontade aos pais, que querem receber dinheiro dos convidados, que assim têm uma desculpa para ir a uma casa de strippers, que ela está grávida, ou até, que querem ter benefícios fiscais... enfim... há inúmeros motivos que não a cretinice já referida. Parece que voltámos ao antigamente. As uniões de facto são, agora e outra vez, coisa do Diabo.
Isto deixa-me (acreditem) com os pelitos da nuca em pé, com pele de galinha e com vontade de arrancar os olhos à garfada destas tristes figuras. "Se não te queres casar, é porque essa relação não vai durar" ou "Esse amor não é verdadeiro" ou "Não acreditas na relação e não é com ele que vais casar". Perante isto, têm vontade de quê?
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