Gosto de rever filmes. Mesmo aqueles de que não gostei muito. Ontem, revi o Juno. E gostei mais do que da primeira vez. Tinha menos sono, mais vontade de ouvir as músicas, de tentar decorar os diálogos, de reparar em todos os pormenores. Como, por exemplo, a barriga perfeita naqueles 40 quilos de corpo. O rabo de cavalo perfeito naquele ar desgrenhado. A primeira grande paixão de adolescente. A descoberta de que o feto já tem unhas. A prova de que a música pode unir duas pessoas de uma maneira que as outras desconhecem e não compreendem. As peúgas às riscas que ela não tira durante o parto. As palavras reconfortantes do pai, quando lhe diz que, um dia, ela voltará à maternidade. O sorriso dela quando vê, a primeira e única vez, a criança. O abraço escanzelado do suposto namorado.
Fiquei apaixonada. Outra vez. E chorei, pela primeira vez. Não queiram ser assim... Muito menos, queiram ir comigo ao cinema.
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