quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Dear Antony,

I'm feeling strange these days.
It seems I don't belong here.
It seems I'm no longer needed.
No one likes me anymore.
There are no smiles, no laughs, no love.
I don't know...
I don't fit here anymore.
Not in this world.
So please, could you send me to Another World?

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Só para não dizerem que eu tenho um problema com a música francesa, que tenho...

... tomem lá. Uma das minhas músicas preferidas de sempre.

Por falar em fotografias

Deu-me para rever os álbuns de fotografias destes 28 anos. Nostalgia, influência de amigos, qualquer coisa. Escusado será dizer que, apesar de ter como única companhia O Cão, foi a risada desenfreada lá em casa.
Passei por todas as fases. Em criança, andava sempre aprumada, com roupa confeccionada à medida e pela mãe, com a certeza de que mais ninguém tinha uma igual à minha. Vestidos de golas redondas, conjunto de saia e casaco, camisas bordadas. Um mimo!
Depois, a fase estranha da passagem do básico para a preparatória, quando dei em imitar as manas mais velhas. Isto quer dizer que usava laca no cabelo, a franja em poupa, chumaços na roupa e abusava da bijouteria.
A influência das amizades ditou os anos seguintes. Seguiu-se a fase punk, com cabelo muito, muito, muito curtinho e picos de gel, calças rasgadas, correntes, preto, muito preto.
A seguir, a onda surfo-beta, com calça pelo tornozelo, Keds, lenço ao pescoço, e, aos fins-de-semana na Ericeira, os típicos Redley, as sweats Billabong e Quicksilver.
O secundário foi uma cena mais radical. Porque queria ser rebelde mas andar cheiinha de marcas. Foi a fase cool e das marcas Uniform, Soviet, Chevignon, All Star, Levi's, que arrasavam os subsídios de férias e Natal lá de casa.
Por esta altura, devem estar a pensar que eu sofria de uma grave crise de identidade. Talvez.
De volta às fotos. Olhem para os tesourinhos que têm lá em casa. São tesouros, meus caros. Porque tirar uma foto implicava todo um ritual que roçava a solenidade. Hoje não. Tiram-se fotos ao desbarato, repetem-se poses, apagam-se quando não se gosta. No meu tempo, o que se tirava era o que ficava. E é por isso que, nos dias de hoje, gostamos mais do que vemos, Porque apagamos o que não gostamos e guardamos o que nos interessa.

Ide e diverti-vos!

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Cinema e TV Cines

Gosto de rever filmes. Mesmo aqueles de que não gostei muito. Ontem, revi o Juno. E gostei mais do que da primeira vez. Tinha menos sono, mais vontade de ouvir as músicas, de tentar decorar os diálogos, de reparar em todos os pormenores. Como, por exemplo, a barriga perfeita naqueles 40 quilos de corpo. O rabo de cavalo perfeito naquele ar desgrenhado. A primeira grande paixão de adolescente. A descoberta de que o feto já tem unhas. A prova de que a música pode unir duas pessoas de uma maneira que as outras desconhecem e não compreendem. As peúgas às riscas que ela não tira durante o parto. As palavras reconfortantes do pai, quando lhe diz que, um dia, ela voltará à maternidade. O sorriso dela quando vê, a primeira e única vez, a criança. O abraço escanzelado do suposto namorado.

Fiquei apaixonada. Outra vez. E chorei, pela primeira vez. Não queiram ser assim... Muito menos, queiram ir comigo ao cinema.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Ensinamentos

Sempre que passo a ferro, lembro-me dos sábios conselhos da minha querida mãe.
- Um dia, quando passares a tua própria roupa, quero ver se compras estes tecidos de merda!

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Ode ao Belo

Gostava de conseguir encontrar as palavras certas para descrever o que senti ontem. Talvez comece por dizer que passei o tempo todo arrepiada. Sabem aquele arrepio na nuca? Sentem?
Gostava também que as pessoas percebessem do que estou a falar. Gostava que ouvissem isto e que, pelo menos, tentassem perceber do que falo. Lamento dizer-vos que não é para todos. Lamento o meu pedantismo ao afirmá-lo, por saber que nem todos lá chegam. Não lamento, porém, a minha vaidade em dizer que eu consigo, que eu chego lá, que eu estive lá, ontem, rendida ao Belo. Sou uma privilegiada. Sei-o. Porque presenciei uma manifestação suprema de beleza.
Sorri. Chorei. Soube esperar e ouvir. Enquanto uns ameaçavam explodir em aplausos, eu respirava fundo e preparava-me para o que ainda estava para vir. Não esperava por isto.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Gaffe

Local: carruagem do Metro

Eu para senhora que penso estar grávida: "Sente-se aqui"
Senhora que penso estar grávida: "Obrigada mas... não é preciso..."
Eu para senhora que penso estar grávida: "Sente-se"
Senhora que penso estar grávida: "Mas eu não estou grávida!"
Eu com cara de parva: "Ahhh... peço desculpa..."
Senhora com barriga saliente: "De nada... Hmpf..."
Eu com cara de parva para senhora com barriga saliente: "Mas sente-se na mesma..."

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Pânico no wc

Preparo-me para mais um dia de trabalho. Animada, até, escolhi a roupa à primeira, consegui despachar-me sem atrasos. Enfim, o prenúncio de um dia bom. Preparo o anti-olheiras, o rímel, em frente ao espelho e... Winnnn winnnnn winnnnnn (música dos filmes de terror)!!! Horror!!! Tragédia!!!! Visão do Inferno!!! Rugas de expressão na testa e naquele pedaço de pele entre as sobrancelhas! Olho-me milimetricamente. Estico a pele, mas aqueles vincos permanecem. Porquê? Não quero (faço beicinho...). Ainda só tenho 28, pá. Isto acontece lá mais para os trinta e tal, não? Depois disto, posso esperar o quê? Pneu na barriga? Mãos engelhadas? Flacidez? Mamas descaídas?

Não quero. Pode ser?