Ando por aqui perdida no mapa da minha vida. Já tentei traçar as linhas, definir um caminho, desenhar o meu pote de ouro no fim do arco-íris. Acabo sempre por me perder no meu próprio labirinto. Tentei, ainda, unir todos os meus sinais ("Se Deus de assinalou, algum defeito de encontrou") para descobrir a minha constelação. Nada... Tenho a pele rasgada com traços sem fim. Os lábios secos e feridos de tanto os morder quando penso.
Fujo dos números, não gosto do que me dizem.
Encontro-me nas palavras, no teclado de um qualquer computador ou na minha caneta que escreve em qualquer papel.
Não sou artista mas defino a minha arte na escrita.
Gosto de viajar por aqui, mesmo que nunca encontre um fim.
Inspiro-me nas coisas mais banais. Nos factos reais. Na minha imaginação que, ainda bem, não sacia.
E vivo, assim. Enquanto ouço a minha banda sonora. A de hoje. Amanhã, não sei.