quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Pequenos luxos

Ficamos mais velhas e por isso, mais exigentes. O que gostávamos há 10 anos não faz parte das nossas preferências actuais. Deixámos de fazer 50%, pelo menos, do que fazíamos. A nossa paciência reduziu-se para coisas verdadeiramente importantes. E sabemos distinguir, realmente, o que é e o que não é relevante. Sabemos distinguir o bom e o mau. Sabemos o que queremos. Nem sempre sabemos o que fazemos, é certo. Mas temos mais certezas e menos dúvidas. Aprendemos a apreciar as coisas da vida e habituamo-nos a elas. É fácil. Se tocamos umas calças El Caballo, dificilmente queremos voltar a vestir as normais. Se nos olhamos ao espelho com um vestido Chanel, não vamos querer vestir um daqueles da Zara. Se nos deleitamos com um restaurante no terraço do hotel, não vamos querer jantar depois no rés-do-chão. Se o nosso paladar prova um sorbet de limão feito com azoto líquido, dificilmente iremos voltar a comprar gelados Carte D'Or. Se aos nossos pés caem umas botas de cano alto D&G, tão depressa não vamos querer entrar numas Aldo.
São pequenos luxos a que poucos se podem contemplar. Mas eu sei que quem humildemente sabe descer um degrau, mais depressa sobe dois.

Get it?

2 comentários:

Quebra Ossos disse...

Verdade…é difícil para quem está habituado a alguns dos pequenos luxos, que tu enumeras, (de uma forma sublime) ficar de alguma forma privado dos mesmos. Mas também não é menos verdade o que afirmas "in fine", fazendo-me lembrar algumas histórias reais, algumas delas passadas comigo como consequência de opções de vida que acabei por tomar!

Anónimo disse...

é verdade!!!!!

concordo à gente tao "parva" que se preocupa com a futilidade queé ir ao cabeleireiro quando tanta gente nao tem que comer!!!



ai mas que saudades minha lindaaaaaaaaaaaaaaaaa ='(