quarta-feira, 16 de julho de 2008

Era uma vez...

... Quatro rapazes de Manchester, aliás, de Salford, o que faz toda a diferença, que se acharam capazes de fazer melhor que os Sex Pistols, capazes de dar uma luz ao fundo do túnel a uma cidade escura, desfeita, suja, sem futuro, onde nada mais havia que fábricas e blocos de cimentos.
Ian Curtis, o vocalista, o génio, o espírito, o iluminado. O rapaz que só queria ser perfeito, que se transformava em palco, com uma dança frenética. "Parecia uma marioneta, como se aquilo fosse a expressão da sua fragilidade", disseram. Pensavam que estava drogado. Não. Era apenas a música a tomar-lhe conta do corpo e a levá-lo para outro mundo.
O rapaz que nos tempos livres lia livros sobre o sofrimento humano.
As primeiras fotos profissionais de Ian (e da banda) mostram um ar angelical e uns olhos translúcidos que deixam ver a mente brilhante do génio. Fez-se luz. Ele é o meu Euchrid Eucrow...
Joy Division, nome retirado do livro "House of Dolls, podia ter sido "A" banda dos anos 80. Não fosse a doença de Ian e a incessante busca da perfeição, que o levou a uma espiral de destruição interior por não conseguir (ou achar não conseguir), prosseguir com os Joy Division.
A segunda tentativa de suicídio teve sucesso. Os restantes três elementos da banda não lhe perdoaram. E formaram os New Order.

Para recordar, a genialidade de "Love Will Tear Us Apart" e o primeiro hit, "Dead Souls".

Tenho pena.

1 comentário:

Unknown disse...

total!!!